A prorrogação do auxílio emergencial ainda está em discussão no governo. A última parcela do benefício será paga em 31 de outubro
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) elogiou o auxílio emergencial, benefício criado para atenuar os impactos negativos da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, na renda das famílias mais pobres.
Segundo o presidente, a pandemia fez a inflação disparar e empobrecer o brasileiro.
“A questão da inflação: sabemos que aumentou. Mas de onde veio isso daí? Lembra aqueles artistas globais? ‘Fica em casa, faça cursinho de francês’. Lembra? ‘Olha aqui, vou ser obrigado agora a tomar um vinho…’ Lindo, né? Agora, uns 40 milhões de pessoas foram para a miséria. Viviam de bico na rua, foram para a lona. Demos o auxílio emergencial de R$ 600, ajudou, evitou o caos no Brasil, invasão de supermercado, quebra-quebra. Agora, a conta está chegando”, destacou.
A prorrogação do auxílio emergencial ainda está em discussão no governo, porque também pressiona as contas públicas. A última parcela do benefício será paga em 31 de outubro.
Inflação
A escalada na alta dos preços não tem dado trégua. A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 1,16% em setembro, a maior para o mês desde 1994, quando o índice foi de 1,53%.
Com isso, a taxa acumula altas de 6,9% no ano e de 10,25% nos últimos 12 meses. Em setembro do ano passado, a variação mensal foi de 0,64%.
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram aumento em setembro, com destaque para habitação (2,56%), que foi puxado pelo reajuste de 6,47% na conta de energia elétrica.
Em setembro, passou a valer a bandeira tarifária “escassez hídrica”, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. No mês anterior, vigorou a bandeira vermelha patamar 2, em que o acréscimo é menor, de R$ 9,49. Isso também esgarçou o orçamento das famílias brasileiras.