Fonte: AR
O policial federal Lucas Valença, conhecido como “Hipster da Federal”, teria ameaçado uma família antes de ser baleado e morto na noite de quarta-feira (2/3) em Buritinópolis, no interior de Goiás. O relato é do morador da propriedade rural que teria sido invadida por ele durante um possível “surto”.
Em vídeo, o delegado responsável pelo caso, Adriano Jaime, disse que o homem atirou por temer pela sua vida e de sua família. No local estavam a sua esposa e uma criança de três anos. “Estava em casa quando começou a ouvir gritos do lado de fora. A vítima [Lucas] dizia: ‘Saiam todos aí da casa. Senão, vou entrar e matar'”, explicou. Assista:
O caso aconteceu na última noite. Depois de se aproximar da casa gritando, o agente da PF teria desligado o padrão de energia e arrombado a porta. “Nesse momento, o autor disse: ‘não entre, estou armado’. Mesmo assim, a vítima entrou e foi para cima do autor, que desferiu um único tiro”, relatou o delegado. Lucas não resistiu ao ferimento.
O morador disparou uma arma de pressão modificada para calibre 22. Na delegacia, onde narrou sua versão dos fatos, acabou sendo preso por posse irregular de arma de fogo. Ele pagou fiança e foi liberado na sequência.
“O homicídio será apurado por meio de inquérito policial já que, pelas circunstâncias do fato, seria por legítima defesa”, indicou Adriano Jaime.
Lucas ficou famoso nas redes sociais em 2016, quando integrou a equipe que conduziu o ex-deputado Eduardo Cunha ao avião que o levou preso de Brasília (DF) para Curitiba (PR). O policial chamou a atenção por sua aparência física, com cabelo amarrado em coque e barba grande, o que motivou o apelido de “Hipster da Federal”.