Tema sustenta agenda da ONU em 2030
Para entender um pouco mais sobre como as águas subterrâneas são formadas e sua importância para a humanidade, a Agência Nacional das Águas e Abastecimento (ANA) publicou um vídeo educativo. Veja abaixo:
O aquífero Guarani é uma das principais reservas de água doce do mundo (Foto: reprodução)
A cidade de Ribeirão Preto (SP) é abastecida pela água do aquífero Guarani (Foto: reprodução)
Saída para a crise hídrica que pode estar ameaçada pela poluição e falta de saneamento básico
Outro fator é ainda mais agravante: a falta de saneamento básico. Quase 35 milhões de pessoas no Brasil vivem sem água tratada e cerca de 100 milhões não têm acesso à coleta de esgoto. Este é o cenário, quase dois anos depois de entrar em vigor o Novo Marco Legal do Saneamento, sancionado na Lei 14.026 de 2020, quando os investimentos no setor atingiram R$ 13,7 bilhões, valor considerado insuficiente para que sejam cumpridas as metas da legislação atualizada.
(Foto: reprodução)
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Para o professor da área ambiental José Vicente de Araújo, as águas subterrâneas têm se mostrado, ao longo dos anos, como uma importante fonte para o abastecimento, especialmente no contexto das crises hídricas. “Por não serem vistas pelas pessoas, as águas subterrâneas têm sido negligenciadas, mas precisamos ter a consciência que não podemos ficar sem elas. Em regiões de escassez hídrica ou ineficiência no serviço de água tratada, o morador é salvo pela água dos poços. O problema é que a falta de saneamento básico as coloca em risco. Além disso, há de se considerar também a contribuição dos vazamentos nas juntas das redes coletoras, e na falta de impermeabilização adequada em lagoas e tanques de tratamento de esgotos domésticos”, pontua.
Poços clandestinos são ameaças reais aos aquíferos brasileiros (Foto: reprodução)
Por fim, a fiscalização intensiva dos volumes extraídos e a verificação das conformidades com as regras estabelecidas nas outorgas. “O monitoramento do nível dinâmico dos aquíferos vai permitir o acompanhamento para que o uso das águas subterrâneas se estendam indefinidamente nos moldes atuais”, finaliza o engenheiro civil e professor da UFG, José Vicente de Araújo, em entrevista exclusiva ao jornal