A mensagem foi descoberta pela Polícia Federal em meio a investigação sobre a falsificação de carteiras de vacinação
A mensagem de Ailton Barros enviada a Mauro Cid em que ele diz ter conhecimento sobre quem está por trás da morte da vereadora Marielle Franco teria sido uma “bravata”, segundo afirmou o defensor público aposentado e amigo de Barros, Ariosvaldo de Goes Costa Homem. O advogado conversou sobre o caso com a TV Globo, nesta quinta-feira, 4, logo após visitar o amigo no presídio em Benfica.
De acordo com Costa Homem, Ailton Barros teria contado a ele o motivo que o fez enviar a mensagem: uma tentativa de impressionar o “Coronel Cid” e chamar a atenção do grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro, já que ele tinha intenção de se candidatar nas eleições de 2022.
As mensagens foram trocadas em novembro do ano anterior. Na eleição, Ailton passou a se denominar como “01 do Bolsonaro no Rio de Janeiro”. Ele se candidatou a deputado estadual pelo PL, partido do ex-presidente.
Apesar da visita de Costa Homem, Barros recusou o direito à defesa, já que ele próprio é advogado.
O que dizem as mensagens
Ailton Barros está envolvido na investigação da Polícia Federal que aponta para um esquema de falsificação de carteiras de vacinação contra a covid-19. Barros foi apontado como um intermediário no esquema, na Prefeitura de Duque de Caxias.
Ele teria levantado lotes enviados ao Rio de Janeiro e cadastrado duas doses da Pfizer em nome de Gabriela Cid, esposa de Mauro Cid. O advogado também conseguiu um cartão físico de vacinação para ela.
Na investigação, porém, aleatoriamente a PF se deparou com um áudio enviado a Mauro Cid, em que Ailton Barros afirma ter conhecimento sobre quem teria mandado assassinar Marielle Franco. “Eu sei dessa história da Marielle toda, irmão. Sei quem mandou. Sei a porra toda. Entendeu?”.
