Jornal do Peninha

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Após revisão, plano de manejo do Parque Serra de Caldas será assinado

Local é a área de recarga do aquífero termal 

De acordo com o prefeito, o plano de manejo passou por uma atualização, que entre outros aspectos, tratou do estabelecimento de atrativos à visitação e ao ecoturismo. “A revisão foi feita de forma participativa, por meio de oficinas realizadas sob a liderança da Semad e com coordenação da Fundação Pró-Natureza (Funatura) e parceria da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos”, explicou Kleber Marra.
A secretária Andréa Vulcanis relembrou a importância do Parque Estadual da Serra de Caldas Novas para toda a região das águas quentes, nos municípios de Caldas e de Rio Quente. “O parque é a área de recarga do aquífero termal. Portanto, sem parque, não temos águas quentes, grande fator de atração do turismo em toda a região. Sem isso, o potencial turístico se esvai”, destaca.
O Parque
O Pescan foi criado em 1970, com uma área de 12.315,35 hectares, entre os municípios de Caldas Novas e Rio Quente, no Estado de Goia?s. Tem como objetivo preservar a fauna, a flora, os mananciais e seu entorno; proteger sítios naturais de relevância ecológica e reconhecida importância turística; e assegurar e proporcionar oportunidades controladas para uso pelo público, para educação e pesquisa científica.
Como já lembrado por Vulcanis, a área constitui uma das mais importantes em recargas dos aquíferos hidrotermais de Caldas Novas e Rio Quente, potencialidades turísticas da região. E, de acordo com o Sistema Estadual de Unidades de Conservação no Estado de Goiás, todas as UCs devem possuir Plano de Manejo, levando em consideração sua zona de amortecimento e os corredores ecológicos, incluindo medidas que promovam a integração da vida econômica e social das comunidades vizinhas.
Plano de manejo
O plano de manejo é um instrumento de planejamento e gerenciamento de UCs, composto por estudos, conhecimentos e análises de dados sobre os fatores bióticos, abióticos e antrópicos da área, além de propostas de soluções para questões ambientais diagnosticadas. Os ajustes têm como meta direcionar uma gestão eficiente da UC. A revisão seguirá as diretrizes do “Roteiro metodológico para elaboração e revisão de Planos de Manejo das Unidades de Conservação Federais”, do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, de 2018.
Essas diretrizes promovem a descentralização e o engajamento das diversas áreas na elaboração de planos específicos, por meio de documentos técnicos. Sendo possível, desta forma, definir as orientações ou normas para temas como visitação, proteção e pesquisa.
Enquanto algumas UCs necessitam de apenas um plano simplificado para estimular e ordenar sua visitação, outras carecem, em função de realidades mais complexas e de grande demanda turística, de estudos para o estabelecimento de concessões de serviços, áreas ou instalações de apoio à visitação, protocolos de gestação de segurança, projetos interpretativos, entre outros.