Nota emitida cita “baixa eficiência”
Fonte: AR
Após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta terça-feira (28/4), para a realização de testes rápidos da covid-19 em farmácias e drogarias, entidades da área da saúde demonstram preocupação com o método.
Em nota assinada pelas Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Associação Brasileira de Biomedicina (ABBM), Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), é feito um alerta sobre evidências de que os testes rápidos apresentariam “grande variação de qualidade e desempenho”. “Países como Espanha e Itália já devolveram aos fabricantes milhões de kits com baixa eficiência”, diz o texto.
“Entendemos que a missão da Anvisa é proteger a população promovendo o controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços sujeitos à vigilância sanitária em uma ação integrada e coordenada com o Sistema Único de Saúde. Entretanto, não verificamos (…) citações sobre condicionantes ou mesmo a preocupação com a garantia de qualidade dos testes rápidos”, afirma a nota.
As entidades ainda destacam os requisitos essenciais para a obtenção de resultados confiáveis em testes laboratoriais remotos. “Entre os pontos destacados pela legislação estão a necessidade de validação dos dispositivos, registros que assegurem a rastreabilidade, capacitação dos operadores, controle de qualidade e detalhamento das informações que devem constar nos laudos.”
“Desta forma, esperamos que as vigilâncias sanitárias municipais ou estaduais possam exercer seu poder de fiscalização sobre os testes rápidos, a fim de beneficiar a saúde pública e garantir a segurança dos cidadãos brasileiros”, segue o texto.
Por fim, as entidades ressaltam o apoio às ações que contribuam para o acesso da população a exames laboratoriais relacionados à covid-19, mas “desde que sejam asseguradas as boas práticas durante a realização dos testes e a segurança da população.”