No Brasil, 19 cidades estão confirmadas; organizadora do evento conversou com o Mais Goiás
Fonte: Mais Goiás
Até o momento, estão confirmadas 73 cidades em 25 países no ato Stop Bolsonaro, marcado para domingo (28). Serão manifestações presenciais e virtuais em protesto ao presidente do Brasil, com a participação de artistas, movimentos feministas, de negros e indígenas, além de lives e “barulhaços” remotos. O evento vai começar pela Nova Zelândia (ainda no dia 27, em horário do Brasil), segue para Munique, na Alemanha, e continua até o final da data.
Segundo microempresária, artista plástica e militante dos direitos humanos Erica Caminha, que é uma das organizadoras do evento e vive em Munique, Goiás ainda não se manifestou pela participação. Mas ela ainda espera receber o contato. “Presenciais no Brasil teremos Rio, São Paulo e Porto Alegre. Outras serão virtuais.”
Questionada sobre o que é o Stop Bolsonaro, ela diz ser uma forma de chamar a comunidade fora das Américas a perceberem o mal que Bolsonaro faz não só para o Brasil, mas em todo o planeta. “Em função de tudo que ele representa nas questões ambientais e sociais”, explicita. Ela cita, ainda, as retiradas de direitos com a reforma da Previdência e constantes ataques aos direitos trabalhistas, que começaram com Michel Temer (MDB). “Além de uma política econômica que não traz nada, só retira.”
Diferente do que se possa imaginar, o projeto não foi criado diante da atuação do presidente frente a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) – apesar de ter se somado as razões. Erica esclarece que o movimento começou a ser organizado em fevereiro, antes da crise pandêmica. “Mas sobre isso, vemos um presidente negacionista, que nega a ciência.”
Além disso, sobre a ideia inicial, ela afirma que pensou em um movimento global ainda em fevereiro e ligou para uma amiga de Amsterdã (Holanda). Elas fazem partes de grupos progressistas, como o Fibra, que concentra por volta de 60 cidades com brasileiros pelo mundo; e o Coletivo Estrela, que abrange São Paulo, Rio e também alguns países. “Então, a gente luta por justiça social, direitos humanos, independente de partido.”
Inclusive, ela faz questão de reforçar que o evento deste domingo é suprapartidário, mas não apolítico. “Foi a negação a política que levou a Bolsonaro.” Ela, então, diz que o evento é aberto para quem for progressista e quiser levar a sua bandeira.
Cidades
Eventos por país e cidades:
Brasil: Belém; Belo Horizonte; Campina Grande; Chapada Diamantina; Canoa Quebrada; Natal; Prado; Recife; Rio de Janeiro; São Paulo; Sergipe; Vitória; Porto Alegre; Araçatuba (ato em construção); Penápolis; Foz de Iguaçu; Aracati; Niterói; e Divinópolis
Alemanha: Munique; Colônia; Hamburgo; Hannover; Frankfurt; Berlim; Dresden; Tuebingen; Nuremberg; Stuttgart; e Leipzing.
Argentina: Buenos Aires
Austrália: Gold Coast
Áustria: Burgenland; Graz; e Viena
Canadá: Quebec; Toronto
Chile: Valparaiso; e Santiago
Costa Rica: San Jose
Dinamarca: Aarhus
Espanha: Barcelona; Madrid; e Palma de Maiorca
Estados Unidos: Los Angeles; Boston: Nova Iorque; e Chicago
Finlândia: Helsinki
França: Paris; Strasbourgo; e Bourdeaux
Holanda: Amsterdam
Irlanda: Dublin
Itália: Roma; Bologna; e Lucca
Líbano: Beirute
México: Cidade do México
Myanmar: Yangon
Nova Zelandia: Auckland; Wellington; Stratfort e New Plymouth
Portugal: Lisboa; Porto; e Coimbra
Reino Unido: Londres
República Dominicana: Santo Domingo
Suécia: Estocolmo
Suiça: Zurique; Genebra
Uruguai: Montevideo
Ao fim da lista, o grupo se descreve: “Somos cidadãs e cidadãos brasileir@s e de outras nacionalidades, somos um movimento suprapartidário, somos uma salada cultural, intelectual, racial e econômica. Somos humanistas, progressistas, defensores dos direitos humanos, LGBTQ+. Temos o apoio de coletivos pela paz, pela democracia e justiça social, feministas, antrascistas, antifascistas, jornalistas, partidos, sindicatos, líderes populares e religiosos no mundo todo. Convidamos tod@s a trazerem suas bandeiras e demandas para o ato. O que nos une é a luta e o fortalecimento de direitos humanos no Brasil e no mundo e para impedir Bolsonaro continue com sua agenda genocida e nociva para a civilização mundial. Estamos do lado certo da história. Junte-se a nós.”