Presidente afirmou também que Marcos Cintra foi demitido ‘a pedido’ e que não haverá aumento da carga de impostos
Por Machado da Costa
“Paulo Guedes exonerou, a pedido, o chefe da Receita Federal por divergências no projeto da reforma tributária. A recriação da CPMF ou aumento da carga tributária estão fora da reforma tributária por determinação do Presidente”, publicou na tarde desta quarta-feira, 11.
Na Câmara, onde se espera que algum projeto de reforma tributária seja entregue nas próximas semanas, o líder do PSL, Delegado Waldir (GO), aguarda a criação de um novo imposto. Se não for a nova CPMF, camuflada sob o nome de Contribuição sobre Pagamentos Financeiros (CP), algum que permita onerar atividades pouco tributadas, defende o parlamentar.
Cintra é defensor do imposto sobre pagamentos desde os anos 1980, quando o economista americano Edgar Feige introduziu o conceito em estudos feitos pela Universidade de Wisconsin. Durante a campanha, o presidente Jair Bolsonaro negou que a reedição de um imposto sobre pagamentos estivesse em seus planos de governo. “Votei pela revogação da CPMF na Câmara e nunca cogitei sua volta”, escreveu ele no Twitter em setembro de 2018. Agora presidente, Bolsonaro admitiu a criação do imposto. “Já falei para o Guedes: para ter nova CPMF, tem de ter uma compensação para as pessoas. Senão ele vai levar porrada até de mim”, declarou Bolsonaro na terça-feira 3, em um café da manhã no Palácio da Alvorada.