Transportadores reclamam da política da Petrobras para reajuste do óleo diesel; segundo o presidente, governo federal fez o que podia
O presidente Jair Bolsonaro diz que anunciará, nesta sexta-feira, 5, medidas para conter a insatisfação dos caminhoneiros e diminuir a possibilidade de greve da categoria. Os transportadores reclamam da política da Petrobras, que desde o início do governo Bolsonaro passou a reajustar o preço do óleo diesel a partir do mercado internacional. Mas, segundo o presidente, o governo federal fez o que podia — e agora são os estados que precisam diminuir o ICMS que incide sobre o combustível para garantir “previsibilidade” aos caminhoneiros. “Já o ICMS cada estado tem um valor e ele varia de hoje para amanhã. E nós temos que viver na base da previsibilidade, se não fica difícil a gente se programar. Essa questão do combustível tem que ser tratada desta maneira, não escondido no canto. Nós reconhecemos o trabalho dos caminhoneiros e agradeço a não adesão à greve.”
A declaração de Bolsonaro ocorreu durante a Cerimônia de Inauguração de uma Centro de Treinamento de Atletismo, realizada nesta quinta-feira, 4, na cidade de Cascavel, no Paraná. No discurso, o presidente afirmou que, na semana que vem, assinará três novos decretos que tratam sobre armas de fogo. “Arma evita que um governante de plantão queira ser ditador. Eu nao tenho medo do povo armado, muito pelo contrário. Me sinto muito bem de estar ao lado do povo de bem armado em nosso Brasil.” O presidente da República também falou sobre o projeto que cria o excludente de ilicitude.
Muito embora o senador Rodrigo Pacheco tenha dito na quarta, 3, que os líderes partidários é que vão decidir se a proposta vai à votação, Bolsonaro afirmou que a questão já está acordada e acertada com os presidentes da Câmara e do Senado. “Não pode após o cumprimento da missão receber visita do oficial de Justiça para começar a responder inquérito ou até mesmo receber uma ordem de prisão preventiva. Isso não pode acontecer. Se ele está armado na rua é porque nós colocamos as armas nas mãos deles.” Ainda durante a cerimônia, Bolsonaro voltou a negar que tenha chamado a Covid-19 de gripezinha, lamentou as mortes, mas afirmou que o Brasil não pode parar em razão dos óbitos.