Jornal do Peninha

Opinião e informação

Bombeiros do DF são suspeitos de usar fundo beneficente para alugar flats em Caldas

Recurso pago por agentes teria sido desviado para aluguel e compra de flats, veículos e mais

Polícia Civil de Taguatinga Norte, no Distrito Federal (DF) apura supostas fraudes na Caixa Beneficente dos Bombeiros (Caben-DF), que teria sido utilizada para pagar flats, apartamentos, aluguéis de carro em Caldas Novas e mais. A Caben, destaca-se, serve para dar descontos em serviços como hospedagens, atendimentos médicos diversos, assessoria jurídica, etc. Os bombeiros, que são os beneficiários, pagam R$ 150 por mês para isso.

Entre os gastos indevidos estão despesas contrárias ao estatuto da Caben, como a compra de flats em Caldas Novas e o pagamento de condomínio de dez flats em um hotel da cidade goiana; locação de apartamentos no mesmo município; despesa com um carro Nissan Livina; pagamento de revisão de um carro comprado sem aprovação da assembleia geral; despesas com terreno e construção de uma pousada e mais.

Segundo laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil do DF (IC/PCDF) – que o Jornal de Brasília teve acesso -, desde 2016 foram feitos pagamentos indevidos a membros do conselho deliberativo do Caben, como indenizações. Ressalta-se, o benefício não poderia ser utilizado pelo conselho, somente a membros da diretoria executiva e do conselho fiscal.

Segundo o laudo, os pagamentos de janeiro a dezembro de 2016 somara R$ 49.614,84, sendo que, na gestão anterior – 2013 a 2015 – o montante foi de R$ 83.478,57. Inclusive, em 2015 o conselho criou de forma irregular uma assessoria à diretoria executiva, cujos membros eram Clauder Aguiar de Araújo, Carlos Alberto dos Reis e Silva, Jarbas Fonseca de Oliveira e Geraldo Adriola Pereira. Somente eles receberam R$ 68.685.

O laudo aponta, ainda, que, em viagens para o Rio de Janeiro, Bahia e Goiás, o gasto com diárias somou R$ 28.086,05. Com esses e outros valores, o relatório aponta um montante de gastos indevidos de R$ 251.191,13.

As informações são do Jornal de Brasília. Não houve retorno dos envolvidos para a reportagem. O Mais Goiás também enviou um e-mail ao Caben-DF solicitando posicionamento. O espaço permanece aberto.