Segundo reportagem do ‘Estado de S. Paulo’, ministro da Defesa condicionou a realização do pleito à aprovação do voto impresso. Ele nega que tenha imposto essa condição.
Por Luiz Felipe Barbiéri, G1 — Brasília
A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara aprovou nesta terça-feira (3) um requerimento de convocação para que o ministro da Defesa, Braga Netto, esclareça o conteúdo de uma reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, que atribui a ele uma ameaça à realização das eleições de 2022. O ministro negou que tenha feito a ameaça.
A reportagem informou que Braga Netto teria enviado um recado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no dia 8 de julho, dizendo que, se não for aprovado o voto impresso e “auditável”, não haverá eleições em 2022.
O voto impresso é uma das principais causas defendidas atualmente pelo presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.
O requerimento para a convocação de Braga Netto, de autoria do deputado Rogério Correia (PT-MG), foi aprovado por 15 votos a 7 na comissão. O ministro deve comparecer ao colegiado no dia 17 de agosto.
Na justificativa para apresentação do pedido, o parlamentar afirmou que “a suposta ameaça, se confirmada, se constitui em grave crime praticado contra o sistema democrático”.