Sessão teve, inclusive, vereador com colete à prova de balas
Francisco Costa Goiânia, GO – Mais Goiás
A Câmara de Goiânia aprovou, em primeira votação, nesta terça (12), projeto que proíbe a posse e porte de arma nas dependências do parlamento. A matéria, contudo, prevê como exceção as forças de segurança da ativa. Foram 19 votos favoráveis e quatro contrários. Disseram “não” a proposta: Sargento Novandir (Avante), Gabriela Rodart (DC), Cabo Senna (Patriota) e Thialu Guiotti (Avante).
Vale lembrar, os debates tiveram início na quinta-feira (7), mas se alongaram e a matéria não pode ser votada na data. Destaca-se, a proposta é do vereador Ronilson Reis (Brasil 35) e foi motivada pelo vereador Sargento Novandir, que, além de andar armado pelas dependências da Casa de Leis, também já colocou o revólver na tribuna, durante a repercussão do aumento do IPTU, quando se vestiu de palhaço e se disse enganado pela prefeitura de Goiânia.
Além disso, em passado recente, Novandir chegou a ameaçar o vereador Santana Gomes (PRTB), ao dizer que passou “anos trocando tiro com ladrão e hoje, infelizmente, eu não posso trocar tiro com quem tem o colarinho branco, se não com certeza nós dois íamos trocar. Porque nós sabemos o que o senhor é, o senhor é uma farsa”.
Já o autor do projeto, Ronilson Reis, disse: “Estamos apenas resguardando a integridade não só dos vereadores como também dos funcionários. Não podemos aceitar vereador portando armas no plenário para coagir e ameaçar colegas. Isso extrapola o bom senso. Não estamos tomando uma posição contra os militares, mas apenas seguindo o Congresso Nacional, Assembleia Legislativa, entre outros poderes, que proíbem armas em suas dependências.”
Novandir sobre o projeto
No plenário, Novandir afirmou que levaria a questão aos quartéis e instituições militares e de forças de segurança. “Se for aprovado vou apresentar um requerimento cancelando todas as homenagens que esta Casa pretende fazer aos militares. Essa proposta é uma maldade contra as forças de segurança.”
Segundo ele, também na semana passada, a matéria vai gerar gastos com a inclusão de detectores de metal e aumento de efetivos de segurança. “Se o problema for eu, eu deixo de levar arma. Não precisaria de projeto, podemos fazer acordo. Minha preocupação é com o gasto com dinheiro público.”
Próximo passo
O projeto agora segue para a Comissão de Segurança Pública. O presidente do colegiado, Anderson Salles “Bokão”, já antecipou que apresentará uma emenda ao projeto. A ideia é alterar o art. 1º para que apenas vereadores eleitos fiquem proibidos da posse e do uso de armas no Plenário, durante sessões de homenagem a instituições de segurança. O vereador Geverson Abel (Avante) será