Governador cogita novo fechamento do comércio
Fonte: AR
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou na manhã desta quinta-feira (30/4) que não vai negar leitos a brasileiros de outros Estados que sejam infectados por covid-19. “Se necessário for, Goiás jamais fechará as portas para qualquer brasileiro, tendo aqui espaço para acolhê-lo”, disse durante entrevista à Rádio Bandnews Goiânia.
“Vivemos em uma Federação, e entendo que quando se trata de vidas, nós precisamos também estar de mãos estendidas àqueles que, muitas vezes, estão em uma situação mais crítica que a nossa”, destacou o governador. Essa ideia de cooperação entre os Estados será levada ao ministro da Saúde, Nelson Teich, com quem Ronaldo Caiado e outros governadores do Centro-Oeste têm reunião por videoconferência ainda nesta quinta (30).
“Vamos demonstrar que todo leito equipado por nós e pactuado com o Ministério é muito importante. Não podemos receber esse valor [recurso do atendimento], 60 dias depois que o paciente passou pelo leito. O Estado não tem capacidade de suportar essa despesa”, explicou Caiado.
A distribuição de equipamentos por parte do Ministério da Saúde aos Estados também deve ser pauta da conversa com o ministro. O governador pretende ainda tratar sobre a manutenção do isolamento social para frear a disseminação da covid-19 em Goiás e no Brasil, e manifestar o apoio no enfrentamento ao novo coronavírus. “Vai ser um prazer enorme dizer ao ministro que conte com Goiás como um Estado aliado para salvar vidas e dizer que o isolamento é algo fundamental, assim como ficou demonstrado no mundo todo, nos países que tiveram os melhores resultados”, argumentou.
Questionado sobre a possibilidade de editar um novo decreto com medidas de restrição ainda mais rígidas, devido ao aumento de infectados em Goiás, Ronaldo Caiado reforçou que há grandes chances de haver o fechamento de todo o comércio novamente. “Nós tivemos a maior queda no isolamento e, como tal, se necessário, voltaremos com decretos mais rígidos”, reiterou. Essa avaliação será feita ao longo dos próximos 10 dias.
Em relação a retaliações, o governador disse que não tem receio de intensificar a quarentena e ressaltou a capacidade destrutiva do vírus. “Não tenho medo, não tenho receio algum de ter que voltar a um decreto muito rígido. Não vou ter tolerância com um vírus que está mostrando sua capacidade destrutiva, de inviabilizar totalmente um Estado e um país, como já vimos por onde ele passou”, finalizou.