Em ofício, órgão diz que reforço é necessário para transporte de alimentos e atendimento médico
Jéssica Moura da CNN em Brasília
“A avaliação que a DPU faz é que o governo federal, embora venha finalmente agindo para reduzir os graves danos ao Povo Yanomami e Ye’kwana em decorrência da omissão estrutural da gestão anterior, não vem adotando providências com a celeridade que a conjuntura necessita”, diz a defensoria.
Nesse cenário, a DPU ressalta que é “imperativo que seja elevado o número e o porte das aeronaves utilizadas para o transporte dessas pessoas para receberem o devido atendimento médico-hospitalar, assim como para o transporte de alimentos. Do mesmo modo, em relação ao reforço das equipes da Funai e Sesai, bem como dos efetivos destinados à garantia da segurança desses servidores”.
Também pede que seja feita a busca ativa de indígenas para assegurar o atendimento à população.
O documento é de sexta-feira (3). No ofício, a DPU solicita que o governo federal encaminhe um balanço das ações na área indígena em Roraima até esta segunda-feira (6). “No exato momento em que este ofício está sendo redigido e lido, indígenas Yanomami continuam a morrer e a sofrer com a fome e ausência de tratamento médico adequado”, segue o texto.
Na terça-feira (30), a DPU havia encaminhado outro ofício destinado aos ministros Flávio Dino, da Justiça, e da Defesa, José Múcio Monteiro, em que alertava para a necessidade de ampliação da estrutura logística para a distribuição de cestas básicas, que também está sem resposta. Assim, também pede atualizações sobre essa demanda.
A Defesa respondeu que faz um levantamento das necessidades logísticas para calcular a demanda de recursos. A previsão é concluir esse trabalho até esta segunda.
A CNN entrou em contato com os ministérios da Defesa e dos Povos Indígenas e com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e aguarda o posicionamento sobre o assunto.