Líder do PL reclama de caciques do partido
AR
O deputado estadual Delegado Eduardo Prado, líder do PL na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), criticou nesta quarta (16/4) o acordo do partido com o Palácio das Esmeraldas para não levar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recurso contra decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO) que livrou o governador Ronaldo Caiado (UB) da inelegibilidade e o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), da cassação.
Segundo ele, os três deputados estaduais do partido não foram ouvidos nem comunicados do acordo, que prevê apoio de Ronaldo Caiado ao projeto de anistia aos manifestantes do 8 de janeiro em troca do arquivamento da ação eleitoral movida pelo PL questionando evento ocorrido no Palácio das Esmeraldas durante a campanha eleitoral de 2024.
O parlamentar estadual disse ao A Redação que considera “muito estranho” que o acordo tenha sido celebrado sem que a bancada tenha sido ouvida. “O deputado federal Gustavo Gayer deveria ter consultado os parlamentares a respeito deste acordo”, disse.
Prado afirmou que deve se reunir nos próximos dias com o senador Wilder Morais, presidente da sigla em Goiás, para saber mais detalhes sobre o acordo. Ele se disse “surpreso”com o acordo e citou algumas pendências entre o PL e o governo do Estado que poderiam ter sido esclarecidas no acordo.
“O governo desidratou nosso partido, tirando prefeitos do PL, questionou na Justiça eleitoral o número de mulheres candidatas pelo PL nas eleições”, citou. “Houve também a retirada de emendas parlamentares não impositivas do PL, ocorreram ofensas e críticas ácidas ao deputado Gustavo Gayer, são situações que nos deixam surpresos com um acordo sem passar pelos deputados, que participam de ações diretas com o governo.”