Demóstenes Torres é o advogado do parlamentar
Adriana Marinelli
(Com informações da Agência Brasil)
O advogado Demóstenes Torres, responsável pela defesa de Amauri Ribeiro (UB), deputado goiano que foi alvo da Polícia Federal em ação que apura atos de 8 de janeiro, informou que pedirá acesso aos autos que originaram a medida cautelar de busca e apreensão. A 15ª fase da Operação Lesa Pátria, que mirou o parlamentar goiano, foi deflagrada nesta terça-feira (29/8). Demóstenes confirmou que foram cumpridos mandados nas casas do deputado em Goiânia e em Piracanjuba. Um celular foi apreendido.
Sobre as declarações feitas na Assembleia Legislativa de Goiás em junho deste ano, Demóstenes disse ter protocolado, ainda em junho, no Supremo Tribunal Federal (STF), uma manifestação de Amauri Ribeiro sobre as referidas falas. “É preciso ressaltar que a fala do parlamentar foi completamente tirada de contexto”, argumentou Demóstenes. O advogado se refere às declarações em que Amauri admitiu ter financiado acampamentos em frente a quartéis, como forma de questionar o processo eleitoral em 2022.
Segundo a defesa, o deputado disse não considerar bandidos os que estavam acampados na porta do quartel em Goiânia, e que “por questões humanitárias” levou água e alimentos “para os mais carentes que lá estavam”. Ainda de acordo com a defesa, o deputado disse considerar “vândalos, bandidos e delinquentes os que participaram das depredações registradas em 8 de janeiro deste ano”.
Sobre a possibilidade de eventual pedido de prisão do deputado estadual, a defesa alega que “caso realmente haja o referido pedido cautelar, salienta-se que, em consonância com o Estatuto dos Congressistas previsto na Carta Magna, a Constituição do Estado de Goiás, os deputados estaduais são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”.