Levantamento feito pelo Mais Goiás mostra que doença ignora idade, condição física, e patente de policiais
Fonte: Mais Goiás
O mês de março terminou com um número assustador para a Polícia Militar de Goiás, que perdeu, em 31 dias, nada menos que 30 membros de diferentes patentes, todos mortos em decorrência de complicações provocadas pela Covid19. Chama a atenção o fato da pandemia não poupar nem mesmo policiais de pouca idade, vários que ainda estavam na ativa, e mantinham uma boa condição física.
A patente que mais teve perdas em março foi a de sargento, que registrou 13 óbitos. Além deles, morreram três soldados, três cabos, três subtenentes, dois tenentes, dois capitães, um major, e três coronéis. Das 30 vítimas fatais, nove ainda estavam na ativa, e 21 já eram da Reserva Remunerada (RR), nomenclatura que se dá aos aposentados da corporação.
Entre as várias histórias tristes, algumas chamam ainda mais a atenção, como a morte do coronel João Dias Milhomens Júnior, de 55 anos, que faleceu no dia 15. Dois dias antes, a esposa dele, Tereza de Mesquita Milhomens, também havia perdido a vida em decorrência da Covid-19. Apesar de já estar na Reserva Remunerada, o coronel mantinha uma vida bastante ativa, e, além de praticar regularmente diferentes tipos de esportes, como natação, e pedal, dava aulas como personal trainer.
Entre os três coronéis que também morreram em decorrência da doença, um ainda estava na ativa. Edson Rodrigues, de 51 anos, havia completado recentemente 31 anos de corporação, e, antes de falecer, no dia 18, era o titular do 15º Comando Regional da PM, em Goianésia.

Coronel João Dias Milholmens Júnior morreu dois dias após o falecimento da esposa, Tereza de Mesquita, também vítima da Covid-19 (Foto: Arquivo pessoal)
A última vítima fatal em decorrência da Covid-19 em março dentro da PM foi o coronel Renato Pereira da Silva, de 49 anos, que já estava na Reserva Remunerada. Ele faleceu no dia 30. A morte dele, assim como a dos demais, também provocou comoção na corporação.