Corporação disse que crimes aconteceram quando ele, que também era professor, ministrava aulas na cidade. Prefeitura afirmou que ele foi secretário municipal em 2020.
Por Guilherme Rodrigues, g1 Goiás
Um ex-secretário municipal de Educação e ex-professor é considerado foragido da Justiça por suspeita de estuprar e aliciar duas alunas adolescentes em Sítio D’ Abadia, na região sul de Goiás. A Polícia Civil informou que os crimes aconteceram quando o suspeito ministrava aulas na rede estadual de ensino da cidade e também atuava como funcionário público. As vítimas são menores de 14 anos, segundo a corporação.
O g1 não conseguiu contato com a defesa dele para que se posicionasse até a última atualização desta reportagem.
Em nota, a Prefeitura de Sítio D’ Abadia informou que o ex-secretário Hugo Alves Ribeiro não é mais efetivo, tendo atuado no município entre janeiro e dezembro de 2020. A prefeitura disse que “repudia veementemente os atos” e que colabora com as investigações.
A Secretaria de Estado da Educação informou que o ex-professor atuava por meio de contrato temporário, no qual não foi renovado em 2019. A pasta disse ainda que colabora com as investigações.
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Caso é investigado pela delegacia de Sítio D’ Abadia, Goiás — Foto: Polícia Civil/Divulgação
O delegado Caio Menezes, responsável pelo caso, informou que as investigações começaram em julho, após os pais de uma das adolescente procurarem o Conselho Tutelar e a corporação para denunciar o professor.
A polícia apurou que o suspeito se relacionava amorosa e sexualmente com adolescentes menores de 14 anos, dentre estas, alunas da rede de ensino municipal e estadual, nas épocas em que ocupava o público.
“Ele vem atuando ao longo de vários anos. Alguns fatos a gente descobriu em razão das perícias. A suspeita é de que ele vinha cometendo esses crimes há cerca de quatro anos”, disse o delegado.
Pornografia no celular
A polícia informou que durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, foram apreendidos os aparelhos celulares e um notebook do acusado. De acordo com o delegado, foram localizadas inúmeras fotos íntimas de adolescentes que residem na região. A partir desta perícia, a policia conseguiu identificar a outra adolescente.
O delegado informou ainda que, durante as investigações, o suspeito chegou a ser preso temporariamente, mas conseguiu um habeas corpus e foi solto antes do inquérito ser finalizado.
Ao concluir o inquérito, no início do mês de setembro, a corporação pediu a prisão preventiva do acusado, o que foi decretado pela Justiça. No entanto, o professor seguia foragido até as 16h desta sexta-feira (24), conforme informou o delegado.
A Polícia Civil informou ainda que o inquérito foi remetido ao Ministério Público de Goiás, que ofereceu denúncia e foi aceita pela Justiça, o tornando réu no caso. Ele também responde pelo crime de pornografia infanto-juvenil.