Goiás regrediu do nível médio para crítico
Théo Mariano
Considerando as quatro capitais brasileiras com quadro crítico de ocupação em UTIs para covid-19, Goiânia é a que apresenta pior taxa. É o que consta no segundo boletim extraordinário publicado nesta quarta-feira (14/7) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com informações referentes aos dias 5 e 12 de julho. Além da capital goiana, São Luís, Rio de Janeiro e Brasília também apresentam situação preocupante. No quadro geral do país, as taxas de internações para casos de covid-19 apresentaram melhora nas últimas semanas. Goiás, no entanto, registrou elevação do indicador no mesmo período citado: saiu do nível médio para crítico.
Gráfico com dados sobre a ocupação dos leitos de UTI para covid-19 nas capitais em estado crítico / (Foto: Arte/A Redação)
Ao tratar sobre a situação dos leitos de UTI no SUS para tratar covid-19 em adultos, o boletim destaca que Goiás, Amazonas, Rondônia, Pará e Tocantins apresentaram alta nas ocupações. As taxas, diz o documento, levantam “alerta”. “A priori, se avalia que as mudanças observadas podem estar na margem de variabilidade. Goiás surpreendeu negativamente com o aumento substantivo na taxa de ocupação de leitos de UTI. Na capital, o índice está acima de 90%”, afirmam os cientistas consultados pela Fiocruz. Nesta quarta-feira (14/7), conforme levantamento feito pelo jornal A Redação, a taxa de ocupação de UTIs para covid-19 na capital goiana caiu para 86%.
De acordo com o documento da Fiocruz, entre os dias 4 e 10 deste mês, observou-se queda pela terceira semana consecutiva dos números relacionados à incidência e mortalidade da covid-19 no país, cerca de 2% de registros a menos ao dia. As médias, no entanto, ainda permanecem “em patamar elevado”, conforme o próprio boletim: são 46,7 mil casos e 1,3 mil mortes a cada 24 horas.
O avanço da vacinação é apontado como fator que tem resultado na redução de casos e óbitos por covid-19 nas últimas semanas país afora. Os pesquisadores também recomendam a manutenção das medidas de distanciamento físico, uso de máscaras, cuidados com a higiene das mãos e que a população se vacine conforme o calendário dos municípios. Segundo a última divulgação da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), feita na terça-feira (13/7), Goiás havia vacinado até então 2,59 milhões de pessoas com a primeira dose, sendo que 861,1 mil receberam reforço do imunizante.