De acordo com os dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço médio do combustível encontrado no estado varia de R$ 2,63 a R$ 3,39
Joao Paulo Alexandre
Goiás foi o estado brasileiro onde houve mais redução semanal no preço do etanol do país, com queda de 1,38%. De acordo com os dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço médio do combustível encontrado no estado varia de R$ 2,63 a R$ 3,39.
Em todo o país, houve redução do etanol em 20 estados na semana passada. Em contramão, o combustível apresentou aumento em quatro estados e no Distrito Federal. Levando em consideração de forma mensal, 23 estados tiveram redução no preço. Apenas Alagoas e Amazonas apresentaram alta no mesmo período.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade, essa redução pode ser atribuída ao mês das férias. De acordo com ele, o sistema de oferta e demanda sofre queda nesse período do ano. “Muitos postos fazem promoções, pois muitas pessoas pegam a estrada e a cidade fica vazia. Uma prova disso é a nossa locomoção que fica até mais fácil nesse período”, pontua.
Essa redução também caminha em contramão do aumento que foi registrado nas usinas de álcool no Estado. Dados do Centro de Estudos de Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP), mostram que o litro do etanol nas usinas sucroalcooleira estava R$ 1,53, no último dia 26. Já em 19 de julho, saía por R$ 1,50.
Na gasolina também deu pra sentir as mudanças, segundo Márcio. “Como a gasolina é composta por uma quantidade de álcool [25%] e, com a redução de um dos componentes, é normal que haja uma redução. Outra situação que pesou foi os recentes reduções da Petrobras”, afirma.
Os preços médios do etanol continuaram vantajosos ante os da gasolina em cinco Estados brasileiros na semana passada – Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Todos são grandes produtores do biocombustível. O levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas considera que o etanol de cana ou de milho. Isso porque tem menor poder calorífico, um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.
*Com informações do Estadão Conteúdo