Secretaria de Saúde informou que esses frascos ficarão armazenados, conforme orientação dos órgãos de controle. Pasta informou que ‘pequeno lote’ foi enviado a Goiânia.
Por Vanessa Martins, G1 GO
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informou que Goiânia recebeu uma remessa de imunizantes que estão entre os suspensos de forma cautelar pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o órgão federal, alguns lotes da vacina CoronaVac estão fora do padrão aprovado porque foram envasados por uma fábrica não verificada.
A pasta informou, por meio de nota enviada à TV Anhanguera, que, a capital foi notificada. Ainda de acordo com o comunicado, a SES segue orientação do Ministério da Saúde (MS) e “os lotes suspensos permanecerão armazenados até avaliação Anvisa e Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS)”.
Em nota, a pasta disse ainda que Goiânia recebeu um “pequeno lote dessas doses e já foi comunicado”, mas não precisou a quantidade. A secretaria informou que “todos que foram vacinados com esse lote serão contactados pela prefeitura e que não há necessidade de se dirigirem a alguma unidade”.
Desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19, já foram aplicadas 6.208.853 doses de imunizantes em Goiás dos laboratórios Janssen, AstraZeneca, Pfizer e CoronaVac. No total, o estado já recebeu 7.480.760 vacinas.
A reportagem também contactou a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) para saber quantas doses desse carregamento chegaram à capital, se alguma delas foi aplicada, quando isso aconteceu e quais medidas estão sendo tomadas diante da situação.
CoronaVac — Foto: Geovana Alburquerque/Agência Saúde
Lotes suspensos
No sábado (4), a Anvisa determinou a interdição cautelar de alguns lotes da CoronaVac “proibindo a distribuição e o uso” por eles terem sido envasadas em “planta não aprovada na Autorização de Uso Emergencial (AUE)”. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Segundo a Agência, são mais de 12 milhões de doses que estão nessa situação e não podem ser aplicadas.
Em nota ao Bem Estar, o Instituto Butantan disse que “a medida da Anvisa não deve causar alarmismo” e que o próprio instituto alertou a agência por “extrema precaução”. O Butantan declarou ainda que “convida a cúpula da Anvisa para voltar a conhecer as instalações das fábricas da Sinovac” na China.
O Instituto Butantan informou ainda, segundo a Agência, que outros 17 lotes, também envasados no local não inspecionado pela Anvisa, e que somam 9 milhões de doses, estão em tramitação de envio e liberação ao Brasil.