Saiba como se prevenir da doença
Caroline Louise
Goiás registrou 5 casos de febre maculosa de 2019 a 2023. Os dados foram repassados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO), que informou que já realizou 17 capacitações dos profissionais de saúde dos municípios jurisdicionados das 18 regiões de saúde do Estado sobre doenças como chagas, leishmanioses e febre maculosa. Ainda segundo a pasta, em 2022, foi realizada uma atualização técnica em parceria com o Ministério da Saúde.
Diante da repercussão de casos da doença em São Paulo e da preocupação da população, o jornal A Redação conversou com o médico generalista Lucas Martins sobre a febre maculosa. “A doença é causada por uma bactéria do gênero Rickesttsia. É importante ressaltar que essa doença é transmitida pela picada do carrapato-estrela ou micuim, que pode ser encontrado em animais de grande porte, como por exemplo em capivaras, cavalos, gambás e etc”, explicou.
Para haver transmissão da doença, o carrapato infectado precisa ter contato com a pele das pessoas. “Não existe transmissão da febre maculosa de uma pessoa para outra, o único jeito de ter a doença é através do contato com o carrapato infectado, ele precisa ter fixado na pele do paciente por pelo menos quatro horas”, explicou.
“É uma doença que tem um conjunto de sintomas muito semelhantes aos de outras infecções, o que é preocupante, como por exemplo febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, falta de apetite, cansaço, são sintomas que podem ser confundidos com outras doenças, por isso o médico deve sempre observar o hisórico do paciente, se ele esteve em regiões onde foram registrados casos de febre maculosa”, completou Lucas Martins.
Manchas avermelhadas também são um sinal para a doença. “As lesões são parecidas com uma picada e às vezes, apresentam pequenas hemorragias sob a pele”. Ainda segundo o médico, os sintomas levam em média de sete a dez dias para se manifestar. “O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, dentro de no máximo cinco dias após a identificação dos sintomas, após esse prazo, pode ser que os medicamentos não surtam o efeito desejado. O mais importante é evitar que o paciente fique grave”, disse.
(foto: reprodução)
Atualmente no mercado, existem também repelentes com concentrações maiores do produto químico DEET (N-N-dietil-meta-toluamida), que são eficientes contra mosquitos e carrapatos.