Previsão inicial é que aulas presenciais voltem a partir de setembro, mas dependem de nova avaliação. Medida segue recomendação feita pelo Comitê de Combate ao Coronavírus.
Por Vanessa Martins, G1 GO
As aulas nas redes pública e particular do estado de Goiás voltam nesta segunda-feira (3), mas ainda de forma remota. A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) decidiu, com base em nota técnica expedida pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), adiar o retorno dos estudos presenciais, com intuito de evitar a propagação do coronavírus.
À princípio, a medida deve durar até o dia 31 de agosto, mas os representantes da área devem se reunir em cerca de duas semanas para nova avaliação.
A nota elaborada pelo Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para o Novo Coronavírus (COE-nCov) sugeria que as aulas presenciais continuassem suspensas até o fim de agosto justamente porque houve aumento no número de casos de Covid-19 em julho.
Segundo o último boletim da SES-GO, publicado no domingo (2), já são mais de 70 mil pessoas infectadas no estado.
Medidas de segurança
Independente de quando forem retomadas as atividades presenciais, todas as unidades de ensino deverão obedecer a uma série de regras para manutenção da saúde e higiene do ambiente escolar, que tem altos riscos de contaminação da Covid-19.
Desde o último dia 15 de julho, está em discussão uma proposta de regras e normas a serem cumpridas nesses ambientes para garantir o mínimo possível de contágio.
Diretrizes para retomada de atividades
O documento em análise propõe, entre várias normas, o retorno às atividades nas instituições de forma gradual, começando por 25% da quantidade de alunos, para garantir a consolidação de todo o protocolo.
Foi proposto também às escolas que priorizem, sempre que possível e em consonância com o Projeto Pedagógico de cada instituição, o planejamento de atividades ao ar livre e em locais mais arejados da instituição.
Para os pais, o protocolo orienta higienizar com frequência os pertences pessoais das crianças, antes e após o período de presença na escola (copo, garrafas plásticas, mochilas, lancheiras, toalhas, estojo de escova de dente, uniformes e outros materiais).
Veja parte das normas discutidas pelo COE:
- Limitar o número máximo de alunos em sala obedecendo o distanciamento de 1,5 metro entre eles e demarcando no chão o local de cada carteira;
- O distanciamento entre pessoas em qualquer ambiente da instituição deve ser de no mínimo 1,5 metro;
- Evitar que alunos de uma turma tenham contato com alunos de outras turmas modificando horário de acesso, saída e recreios;
- Escalonamento de horários de chegada e saída de acordo com a realidade de atendimento de cada escola objetivando evitar aglomerações na recepção e saída dos alunos e utilizando, quando existirem, múltiplas entradas/saídas;
- Aferir com termômetro infravermelho a entrada de funcionários colaboradores, alunos e visitantes;
- Não permitir acesso à unidade de pessoas sem máscaras ou com uso inadequado das mesmas;
- Se for confirmado caso de Covid-19, as aulas serão suspensas de dois a cinco dias.
Grupo de risco
- O documento recomenda a manutenção do regime especial de aulas não presenciais para alunos do grupo de risco:
- Alunos que, por questões emocionais ou familiares, não seja aconselhável o retorno às atividades presenciais;
- Alunos que se recusem ou apresentem dificuldade constante em usar máscara e seguir os protocolos de segurança;
- Os estudantes de inclusão que possuam dificuldades nos cuidados pessoais, disfunções da imunidade ou que tomem remédios imunossupressores, que apresentem restrições respiratórias ou outras comorbidades associadas à deficiência.
- Setores administrativos: para as áreas administrativas, o protocolo orienta o distanciamento social, como a instalação de proteção acrílica em locais de atendimento como recepção, caixa da cantina e secretaria. Prevê também, sempre que possível, evitar o compartilhamento simultâneo da estação de trabalho por mais de um funcionário.