André Ferreira está na UPA do Jardim Curitiba
AR
Um jovem de 30 anos, em tratamento contra uma doença neuromuscular genética, que se caracteriza pela degeneração progressiva, e irreversível, do tecido muscular, luta por uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), em Goiânia. Ao Jornal A Redação, a irmã de André Ferreira de Sousa contou que há três dias o rapaz segue internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Maria Pires Perillo, no Jardim Curitiba I. “O estado de saúde é delicado, visto que ele respira com a ajuda de aparelhos e se alimenta por sonda”, explicou Alinne Rodrigues.
Diagnosticado com distrofia muscular de Duchene, André faz acompanhamento fisioterápico no Crer desde 2002, quando a unidade foi inaugurada. Na última quarta-feira (25/10), porém, ele sentiu fortes dores no peito e precisou ser levado, às pressas, para a rede municipal de saúde. “Lá eles alegaram que meu irmão está com ar nos pulmões. Que precisamos transferí-lo para uma UTI especializada o mais rápido possível.”
A intenção da família é buscar ajuda junto ao Ministério Público de Goiás (MPGO) e Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) , esperando que os órgãos acionem a Justiça com um requerimento em que pedem que a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) consiga a vaga na UTI do Crer ou em alguma unidade de saúde que se equipare ao centro de reabilitação.
A luta da família é antiga. De acordo com Alinne, a partir dos 7 anos o rapaz começou a ficar mais debilitado, e aos 10 anos e 6 meses, parou completamente de andar, passando a depender de uma cadeira de rodas para se locomover. “Os anos foram passando e o cenário, piorando. Hoje ele depende 100% dos meus pais, que cuidam dele de uma forma que eu não sei explicar, é muita dedicação e devoção”.
A reportagem solicitou posicionamento do Crer mas, até o momento do fechamento da matéria, não obteve retorno.