TRF4 negou nesta quinta-feira último recurso do ex-ministro e determinou que a execução provisória da pena de uma pena de 8 anos e 10 meses de prisão
O juiz federal Luiz Antonio Bonat, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em primeira instância em Curitiba, mandou prender o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. O mandado de prisão vem após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negar o último recurso de Dirceu, na tarde desta quinta-feira, 16, e determinar a execução provisória da pena de 8 anos e 10 meses de prisão a que ele foi condenado em segunda instância em uma ação da Lava Jato.
Como a defesa do petista informou à Justiça de que ele pretende se entregar, Bonat determinou que José Dirceu se apresente à Superintendência da Polícia Federal no Paraná até as 16h desta sexta-feira, 17. “Detalhes da entrega devem ser acertados com a autoridade policial responsável pelo cumprimento do mandado de prisão. Não havendo acerto para entrega voluntária, a autoridade
A denúncia que levará José Dirceu de volta à cadeia mostra que executivos da empresa Apolo Tubulars, interessados em celebrar contratos com a Petrobras, solicitaram a intervenção de um operador junto a Renato Duque, ex-diretor da Área de Serviços da estatal, para que a empresa fosse beneficiada.
Até junho de 2018, José Dirceu estava preso cumprindo a pena de 30 anos e 9 meses de prisão a que foi condenado em primeira e segunda instância em outro processo da Lava Jato. O ex-ministro estava detido no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde ficou pouco mais de um mês. Ele foi solto graças a uma decisão da Segunda Turma do STF, com votos dos ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Nesta ação, a primeira a lhe render uma condenação na Lava Jato, Dirceu foi condenado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertinência a organização criminosa. Ele foi considerado culpado de receber 15 milhões de reais em propina sobre contratos da Diretoria de Serviços da Petrobras, então comandada por Duque.