Jornal do Peninha

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Justiça suspende atividade profissional de sete advogados em Goiás

Grupo é suspeito de fraude em Corumbá

Uma decisão judicial suspendeu, de forma cautelar, a atividade profissional de sete advogados em Goiás. Eles são suspeitos de participarem de uma série de crimes, como falsidade ideológica, uso de documentos falsos, estelionato, peculato, corrupção ativa e passiva na comarca de Corumbá. 
A denúncia aponta que o grupo de advogados supostamente agia em conluio com o juiz Levine Raja Gabaglia Artiaga, aposentado compulsoriamente por força de decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, em outubro deste ano.
O esquema consistia no ajuizamento de ações judiciais fraudulentas na comarca de Corumbá de Goiás, onde o magistrado atuava. Com uso de documentos falsos e relações jurídicas inexistentes, desviavam valores milionários depositados em contas bancárias de terceiros. Foram identificados pelo menos 43 processos com indícios de fraudes, que teriam envolvido mais de R$ 18 milhões em desvios.

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A juíza Placidina Pires, que assinou a decisão em 2 de dezembro, afirmou que “as condutas imputadas aos advogados são concretamente graves e mostram-se totalmente incompatíveis com o regular exercício da advocacia”.

O jornal A Redação entrou em contato com a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), que se manifestou sobre o caso por meio de nota:

O processo ético foi instaurado e está em curso, seguindo a ampla defesa e contraditório. O órgão especial do TED analisou o caso cautelarmente e entendeu que não estavam presentes todos os requisitos para a suspensão preventiva.
A OABGO recorrerá da decisão judicial a fim de preservar sua competência legal e exclusiva de fazer o controle ético-disciplinar da profissão.