Oficialmente, agendas não se compatibilizaram
Lula ofereceu horários em aberto na sua programação deste domingo (21/5), mas a equipe de Zelensky não conseguiu encaixar nos horários vagos. O presidente ucraniano vai dar uma coletiva de imprensa em Hiroshima nesta noite e, em seguida, já retorna a Kiev. Lula decola para o Brasil amanhã cedo, depois de uma coletiva de imprensa. Até o horário do almoço, a probabilidade de um encontro entre Lula e Zelensky era considerada alta entre diplomatas que estão em Hiroshima, cidade-sede do G-7.
Isso apesar da resistência de Lula em se reunir com Zelensky desde ontem, quando o pedido de encontro foi feito pela parte ucraniana. No hotel em que Lula está instalado na cidade-sede do evento, e onde travou parte dos encontros de hoje, jornalistas chegaram a ser convocados para acompanhar o início das reuniões bilaterais e se instalaram no mesmo andar do presidente. No espaço reservado à imprensa, havia duas bandeiras, uma do Brasil e outra da Ucrânia, uma sobre a outra.
A principal hipótese é a de que elas teriam sido postas sobre a mesa para desamassar, antes de serem hasteadas na sala de reuniões de Lula. Sem explicações, os jornalistas foram dispensados após acompanharem as conversas bilaterais com os líderes de Ilhas Comores e Vietnã. Mais cedo, Lula participou, em Hiroshima, de um painel do G-7 em que estava Zelensky.
Diferentes líderes internacionais cumprimentaram o ucraniano, mas o presidente brasileiro permaneceu sentado, como se vê na transmissão oficial da cúpula. Lula resistia ao encontro desde o início. Zelensky veio ao G-7 para tentar ampliar sua aliança na guerra contra a Rússia.
De acordo com relatos, o presidente brasileiro ficou desconfortável com a pressão da comunidade internacional pela reunião bilateral diante da postura brasileira de manter neutralidade no conflito. Há a previsão de uma coletiva de imprensa do presidente às 8 horas (horário do Japão, 12 à frente de Brasília) nesta segunda-feira. Lula volta ao Brasil logo em seguida, em voo que vai sair às 9h.