A Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO) informou que após os depoimentos os oficiais serão encaminhados ao presídio militar
Letícia Grazuely – O Popular
Mais dois policiais militares do Comando de Operações de Divisas (COD) foram presos nesta quinta-feira (11) suspeitos de envolvimento no confronto simulado que resultou em duas mortes no Setor Jaó, em Goiânia, no dia 1º de abril.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO) informou que após os depoimentos os oficiais serão encaminhados ao presídio militar.
Os militares são investigados por duas mortes durante uma ação em que alegam ter existido um suposto confronto. No entanto, no dia do ocorrido, um vídeo gravado por uma das vítimas, antes de ser morta, não mostra reação por parte dos abordados. Neste mesmo vídeo, um agente é filmado pegando arma de uma sacola e colocando na cena do crime_._
Relembre o caso
A abordagem aconteceu no dia 1° de abril. No registro de atendimento integrado (RAI), os militares envolvidos justificaram que receberam a informação de que três homens armados estariam se passando por policiais civis para invadir uma fazenda e tentar sequestrar um rapaz para cobrar uma dívida.
Em patrulhamento, teriam identificado um carro com características semelhantes e, ao tentar a abordagem, disseram que foram recebidos com diversos tiros. Ainda conforme o RAI, neste momento, três policiais do COD revidaram contra os supostos suspeitos. Um deles morreu no local, e outro foi encaminhado a uma unidade de saúde da capital, onde teria morrido.
Segundo a corporação, um dos suspeitos tinha uma “extensa ficha criminal” por crimes como extorsão e tráfico de drogas. O segundo teria, dentre outras, passagens por porte ilegal de arma de fogo, extorsão e cárcere privado.
Em nota enviada ao POPULAR no dia 2 de abril, a Polícia Militar de Goiás informou que após tomar conhecimento das imagens, agiu prontamente determinando a imediata instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM) e o afastamento dos militares das atividades. Ainda segundo a nota, a corporação disse que não compactua com qualquer desvio de conduta praticado por seus membros.