Segundo a coordenação do projeto, ele custa R$ 145, cerca de metade do preço do RT-PCR, que é o mais usado, e o resultado fica pronto em torno de 4 horas.
Fonte: G1 Goiás
Um teste contra a Covid-19 desenvolvido pela Universidade Federal de Goiás (UFG) já está sendo usado por um laboratório de Goiânia, desde a semana passada. Segundo a coordenação do projeto, ele custa R$ 145, cerca de metade do preço cobrado pelo RT-PCR, que é o mais usado, e o resultado fica pronto em torno de 4 horas.
O G1 pediu posicionamento para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, nesta terça-feira (7), por e-mail, sobre a autorização para uso e comércio do teste e aguarda retorno.
O teste é chamado de RT-LAMP e foi desenvolvido depois de quase um ano de pesquisa. A coleta é feita com amostra de secreção do nariz, da mesma forma que o RT-PCR, considerado o teste mais eficiente para se detectar a Covid-19.
Enquanto a maioria dos laboratórios demora entre 24 horas e 48 horas para entregar os resultados, o resultado do RT-LAMP fica pronto em torno de 4 horas, segundo a coordenadora do projeto na UFG, Gabriela Duarte.
A professora diz que o teste não foi validado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas tem autorização da agência para ser usado por causa da forma como foi produzido.
“A Anvisa tem as regulações próprias que permitem o desenvolvimento do que a gente chama de metodologia in house, ou seja, são metodologias próprias que podem ser usadas em diagnóstico. Esse teste passou por uma robusta validação, com mais de 500 pessoas testadas, comparado o RT-LAMP com o PCR, e tivemos uma concordância de 95% nos resultados”, explica a professora.
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Teste RT LAMP entrega diagnóstico contra a Covid-19 em torno de 4 horas, em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Repasse de tecnologia
Como forma de repassar o teste à população por um preço mais acessível, a UFG abriu um edital de licitação para a transferência gratuita de tecnologia. Cinco laboratórios assinaram o acordo para produzir o teste, mas só um começou a comercialização.
Desde o começo da semana passada, um laboratório na capital já está vendendo e aplicando o teste em três unidades. Para dar conta da demanda, foi preciso ampliar a estrutura, segundo a biomédica do laboratório.
“A cada dia que passa, a gente nota que a demanda está sendo maior. O laboratório passou por mudanças e as salas são específicas, por isso fizemos uma reorganização para construir novas salas”, comentou a biomédica Ana Claudia Gomes Tonetti.