Ainda na decisão, ela suspendeu o direito do investigado de dirigir veículos automotores pelo prazo de quatro anos
“A necessidade de manutenção do autuado no cárcere em que se encontra visa a conveniência da instrução criminal e da garantia de aplicação da lei penal, haja vista que não comprovou exercício de atividade laboral lícita antes de sua segregação, tampouco residência fixa no distrito da culpa, tendo em vista que nenhum documento foi juntado aos autos”, escreveu a magistrada.
Ainda na decisão, ela suspendeu o direito do investigado de dirigir veículos automotores pelo
prazo de quatro anos.
O Mais Goiás entrou em contato com a defesa do suspeito. O advogado Cláudio Albuquerque informou que o corpo de defensores já providencia as medidas judiciais cabíveis visando a liberdade do investigado. Segundo ele, já está constatado que não houve embriaguez por parte dele e que vestígios de bebida no carro eram do passageiro.
Caso
Motorista de uma Mercedes-Benz, o homem estava sob influência de álcool quando atropelou um vigilante na GO-020, em Goiânia, na madrugada do último domingo. A vítima, que estava em uma motocicleta, não resistiu. O atropelamento ocorreu por volta das 5h40.
Os policiais disseram que o vigilante estava a caminho do trabalho quando foi atingido pelo carro de luxo. De acordo com a PM, após a batida, a placa da Mercedes-Benz saiu e ficou no local do atropelamento, enquanto a placa da motocicleta ficou presa ao para-choque do veículo.
Segundo a delegada Ana Claudia Stoffel, da Delegacia de Crimes de Trânsito (Dict), o motorista se recusou a fazer o teste do bafômetro. No entanto, após a prisão, ele passou por exames que acabaram por descartar embriaguez, mas constataram influência de álcool no sangue.
“Não constatou embriaguez…. e sim sob influencia do álcool, que é uma qualificadora do homicídio culposo. A pena pode ser reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proibição do direito de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor”, disse.
Após fugir e ser preso, motorista disse que não viu a vítima
Em sua defesa, o motorista disse à delegada não ter visto a motocicleta antes de bater. Somente depois do choque que a vítima já estaria morta. “Então ele não parou, porque ele estaria próximo à residência dele e em estado de choque. Ele deixou o carro [na casa] e depois fugiu para ficar num galpão de propriedade do pai”, informa Ana Claudia Stoffel.
Atualização
16h06: O advogado Cláudio Albuquerque disse, cerca de 15 minutos após a publicação desta matéria, que deixou a defesa do investigado. Ele não soube informar os substitutos.