Governador participou de CPI em Brasília
Ludymila Siqueira
Em meio aos ânimos aflorados e cortes de microfones, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) ouviu o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), na tarde desta quarta-feira (31/5), em nova audiência pública sobre o tema na Câmara dos Deputados, em Brasília. O chefe do executivo teve a participação aprovada por membros da comissão, após pedido do deputado goiano Gustavo Gayer (PL-GO).
Na ocasião, Caiado disse que, “o MST deveria entender que o Brasil vive em democracia e que é inaceitável as pessoas quererem impor as vontades próprias acima do que é determinado por lei como parâmetros de convivência entre os cidadãos”. Segundo o governador, algumas pessoas integrantes do movimento “insistem em desqualificar o produtor rural”, sendo que, segundo ele, o país é referência mundial em capacidade de produção, convivência com trabalhadores, código florestal e qualidade de vida em cidades médias e pequenas.
De acordo com Caiado, Goiás registrou 19 invasões em propriedades neste ano, no entanto, nenhuma delas durou mais de 48 horas. “O estado criou um esquema de segurança pública que tem a obrigação de informar ao comando central qualquer tentativa de assentamento à beira de rodovias goianas. É inaceitável, por isso, solicito um texto para tipificar este crime”, descreveu.
O chefe do executivo goiano disse ainda: “Posso fazer um convite a vocês que defendem a reforma agrária para conhecer as 24 mil famílias assentadas em Goiás. Uma delas está no Vão do Paranã, onde está sendo implantado o projeto de irrigação de fruticultura para que seja gerado emprego e renda a essas pessoas”, destacou. “Precisamos ter transparência em nossas ações e o MST não tem”, finalizou,