De acordo com a polícia, Alessandra Mangabeira foi encontrada em Guaratiba (RJ) e não se mostrou abalada ao saber que ex morreu
Uma mulher suspeita de matar o ex-namorado, Alessandra Mangabeira da Silva, de 27 anos, foi presa na manhã desta quinta-feira em Guaratiba, no Rio de Janeiro. As informações são do jornal O Dia.
De acordo com a publicação, a mulher confessou ter ateado fogo no auxiliar de cozinha Luan Henrique, 27, no ultimo sábado, em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio. O jovem, que teve 40% do corpo queimado, morreu na noite de quarta-feira, após quatro dias internado no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca.
Alessandra foi encontrada pelos agentes em Guaratiba, na Zona Oeste, e contra ele foi cumprido um mandado de prisão temporária por homicídio. A ordem judicial foi expedida após a morte de Luan e nos próximos 30 dias, outras testemunhas serão ouvidas por agentes da 32ª DP.
“Ela vai falando a história com um sorrisinho no rosto, como se estivesse satisfeita, debochando. Cheguei a perguntar se ela tinha consciência. Falei ‘você vai ficar presa por homicídio e está achando graça?’. Ela respondeu ‘só eu sei como estou por dentro’. Mas ela não parece mal, parece que está indo comprar pão”, contou a delegada Carolina Salomão.
Contradições
Alessandra já era apontada como suspeita do crime e no domingo chegou a prestar esclarecimentos na 32° DP. Em seu novo depoimento, na manhã desta quinta, já presa, ela contou uma história parecida com a anterior, mas com algumas contradições.
“Ela disse que agiu em legítima defesa, que ele estaria agredindo ela, que houve uma agressão mútua. No primeiro momento ela disse que pegou a garrafa de álcool para ameaça-lo, para causar terror nele e ele parar de bater nela, mas não disse que tacou o álcool. Hoje ela já confirmou que tacou o álcool nele, mas que ele que acendeu o esqueiro, ido em direção a ela, teria até queimado ela no peito com cigarro, ela o empurrou e o corpo dele lambeu em chamas”, contou a delegada.
Para a delegada Carolina Salomão, uma das principais testemunhas a serem ouvidas, é uma amiga de Alessandra, que teria presenciado uma discussão entre a suspeita e seu ex-namorado. Em sua primeira versão contada à polícia, a suspeita declarou que Luan que teria ido até sua casa.
A versão é contrária a do pai da vítima, o taxista Ednaldo Dantas, 47, que contou ao DIA que Alessandra que teria chamado seu filho para conversar.