Jornal do Peninha

Opinião e informação

Nigeriano é preso em São Paulo por aplicar golpe em goiana

Criminoso fingia ser militar norte-americano 

AR

Suspeitos de aplicar golpe em uma mulher que mora na cidade de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal (DF), dois homens, sendo um nigeriano, foram presos em São Paulo na quinta-feira (20/7). As prisões foram na capital paulista e na cidade de Ferraz de Vasconcelos. De acordo com a Polícia Civil de Goiás, que conduziu as investigações do “estelionato amoroso” com o apoio da polícia paulista, um dos suspeitos se passava por um militar norte-americano para ganhar a confiança da vítima. No caso da goiana, o prejuízo foi de R$ 10 mil, mas, segundo a polícia, o falso militar e o comparsa teriam movimentado com golpes semelhantes valores superiores a R$ 1,4 milhão nos últimos 6 meses. 

Além das duas prisões, a polícia cumpriu quatro mandados de busca domiciliar e sequestro de contas bancárias e arresto de bens móveis dos envolvidos. Segundo as investigações, após adicionar a vítima nas redes sociais e obter seu número de telefone pessoal, um dos criminosos, passando-se por um militar norte-americano, conversa com a vítima, diariamente, durante 24 dias, ganhando sua confiança. Em determinado momento das conversas, o falso militar diz que enviou produtos de valor, como joias e outros bens móveis para a vítima, mas que tais objetos teriam ficado retidos na rede aeroportuária do Brasil. Após contar a história, o criminoso relata uma suposta cobrança de taxa, no valor de cerca de R$ 10 mil, para a liberação dos produtos. É aí que ele pede ajuda financeira para a vítima. 
 
O golpista
Após diligências, segundo a polícia, apurou-se que o golpista é um homem da Nigéria, de 35 anos, residente na cidade de São Paulo. Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), ele movimentou cerca de R$ 1,4 milhão nos últimos seis meses em apenas uma de suas contas bancárias, o que é incompatível com sua renda declarada, razão pela qual foi decretada sua prisão preventiva.
 
O segundo preso, também residente em São Paulo, é um jovem de 18 anos. De acordo com a polícia, ele ero operador financeiro do esquema criminoso, responsável, portanto, por receber em suas contas bancárias os valores angariados ilicitamente. Tendo em vista que foram descobertas outras vítimas que também pagaram valores nas contas de tal jovem, foi decretada sua prisão preventiva.