Coronel Esmeraldino Jacinto de Lemos substitui Dewislon Adelino, afastado dos Bombeiros por envolvimento em esquema de fraude de certificados de segurança
Nesta quinta-feira (21) o Governo de Goiás anunciou que o coronel Esmeraldino Jacinto de Lemos assumiu interinamente o Comando-Geral do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO). Lemos substitui o coronel Dewislon Adelino Mateus, que foi afastado da corporação suspeito de envolvimento em um esquema de fraude de certificados de segurança.
Conforme publicado no perfil oficial do governador Ronaldo Caiado (DEM) “todas os militares que foram denunciados estão sob investigação”. Caiado acrescenta que “as pessoas que provarem inocência, vão retornar ao cargo”.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) informou que “os cinco membros dos Bombeiros investigados pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) serão exonerados dos cargos em comissão e afastados da corporação”.
A SSP ainda disse que “foram solicitados os autos da investigação do MP-GO para, em seguida, seja instituído um grupo de trabalho com o objetivo de apurar o caso e dar sequência às medidas administrativas e disciplinares por ventura necessárias”.
“Nenhum tipo de desvio de conduta ou atividades que possam ferir os princípios da legalidade e da moralidade serão tolerados pela atual gestão”, conclui o texto.
Casos de fraude
Além de Dewislon, foram afastados da corporação o coronel Anderson Cirino; tenente-coronel Hélio Loyola Gonzaga Júnior; major Nériton Pimenta Rocha; capitão Sayro Geane Oliveira dos Reis e o subtenente José Rodrigues Sobrinho. Eles podem responder pelos crimes de concussão, organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O esquema foi denunciado por comerciantes da Rua 44, em Goiânia. Segundo o promotor de Justiça Giuliano de Lima, os lojistas resolveram fazer a denúncia depois que militares dos Bombeiros alegaram que só emitiriam os caso os comerciantes pagassem. Só no local foram identificados pagamentos de propina por parte de 145 comerciantes, sendo que muitos deles foram obrigados a pagar pelo certificado. Além de dinheiro, os militares também eram pagos com viagens internacionais e construção de empreendimentos.
O MP-GO pediu a prisão do grupo, mas a Justiça Militar não atendeu à solicitação. Já a prisão dos cinco empresários envolvidos no esquema foi atendida. Os mandados foram cumpridos na última terça-feira (19).