Conversa entre o ex-ministro da Educação com a filha dele ocorreu no dia 9 de junho
Fonte: G1
O Ministério Público Federal (MPF) apontou que houve indícios de vazamento da operação da Polícia Federal contra o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e “possível interferência ilícita por parte do presidente da República Jair Bolsonaro nas investigações”. A partir disso, o MPF solicitou o envio do caso ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O indício de vazamento foi encontrado nas interceptações telefônicas do ex-ministro e apontado pela Polícia Federal. A informação foi antecipada pelo site “Metrópoles” e confirmada pelo jornal O Globo. Em uma conversa com sua filha realizada no dia 9 de junho, Ribeiro relata uma conversa telefônica com Bolsonaro e cita que o presidente achava que fariam uma busca e apreensão contra seu ex-ministro.
Em um trecho do diálogo, Milton Ribeiro afirma:
O juiz federal Renato Borelli, da 15ª Vara Federal do Distrito Federal, então, acolheu o pedido para enviar para o Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação contra Milton Ribeiro. De acordo com a decisão, o pedido para envio ao STF partiu do Ministério Público Federal “pois verificada a possível interferência nas investigações por parte de detentor de foro por prerrogativa de função no Supremo”.
Segundo trechos obtidos pelo g1, Ribeiro conversa com uma pessoa identificada como “Waldomiro” e fala em “mentiras” sobre os ônibus superfaturados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE):
Em outra conversa com alguém identificado como Adolfo, Ribeiro diz:
— (…) mas algumas coisas já foram resolvidas né… acusação de que houve superfaturamento… isso já foi… agora, ainda resta o assunto do envolvimento dos pastores, mas eu creio que, no devido tempo, vão ser esclarecidos….
Com isso, caberá ao STF e à Procuradoria-Geral da República (PGR) analisar as provas para avaliar se a investigação deverá permanecer no Supremo ou se volta à primeira instância.