Inquérito aponta indícios de corrupção. PGR deve decidir se denuncia deputado
A PF (Polícia Federal) enviou nesta 2ª feira (26.ago.2019) 1 inquérito ao STF (Supremo Tribunal Federal) com investigações apontando que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), teria cometido os crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro por supostamente ter solicitado e recebido repasses da Odebrecht .
Pai do congressista, o vereador Cesar Maia (DEM-RJ) também é acusado dos mesmos crimes. O relator do caso na Corte é o ministro Edson Fachin. O ministro enviou os autos à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para que ela decida de denunciará ou não Maia com base no inquérito.
“Os elementos probatórios colhidos nos permitem afirmar com segurança sobre a realização de solicitações indevidas entre os anos de 2008 e 2010 por parte do deputado Rodrigo Maia e o atual vereador da cidade do Rio de Janeiro Cesar Maia no valor total de R$ 1.800.000,00, bem como acerca do recebimento de pagamentos indevidos pela Odebrecht, nos anos de 2008, 2010, 2011 e 2014, no valor R$ 1.600.000,00, em espécie, sendo que parte relevante, cerca de R$ 750.000,00 foi paga quando Rodrigo Maia e César Maia não eram candidatos (R$ 300.000,00 em 2008) ou fora do período eleitoral (R$ 450.000,00 em dezembro de 2010 e janeiro de 2011)”, escreveram os delegados Bernardo Guidali Amaral e Orlando Cavalcanti Neves Neto no documento.
Sobre o crime eleitoral cometido por receber recursos do Grupo Petrópolis quando a verdadeira doadora era a Odebrecht, a PF diz que os 2 acusados praticaram a “modalidade Caixa 3, ao apresentar apenas as informações de cunho estritamente formal das doações repassadas por empresas interpostas quando o verdadeiro doador era o Grupo Odebrecht”.
Esta é a 2ª vez que Rodrigo Maia é acusado em uma investigação da Lava-Jato. Em fevereiro de 2017, a PF concluiu outro inquérito. Nele, Maia é acusado de receber pagamentos da empreiteira OAS para atuar em favor da empresa Câmara dos Deputados.