Jornal do Peninha

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PF combate esquema de pirâmides financeiras em Goiás e outros 5 Estados

Movimentações ultrapassam R$ 4 bilhões 

 

O grupo é investigado por crimes contra o sistema financeiro nacional, evasão de divisas, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, usurpação de bens públicos, crime ambiental e estelionato. As investigações apontam para um prejuízo estimado em R$ 4,1 bilhões para mais de 1 milhão de vítimas, não só no Brasil, mas em diversos países. 
 
O esquema
A polícia informou que, durante as investigações, descobriu o esquema de pirâmide financeira, que teria sido iniciado em 2019 e continuava em funcionamento. Ainda segundo a investigação, a organização criminosa usava as redes sociais para divulgar o esquema e contava com apoio de uma entidade religiosa pertencente a um dos líderes do esquema para captar investidores.

As vítimas eram atraídas com promessas de lucro de 20% ao mês e de até 300% ao ano no mercado de criptoativos. Depois de entrar no esquema, elas eram influenciadas por supostas traders a atrair mais pessoas para a pirâmide, em um mecanismo que chamavam de “binário”.

O grupo que operava no Brasil alegava ser sócio de duas instituições financeiras legalizadas na Estônia, mas as investigações provaram que as empresas não existiam. “Os investigados não tinham qualquer autorização para a captação e gestão dos recursos levantados no Brasil, na Estônia, ou em qualquer outro país, tendo ainda diversos alertas de órgãos financeiros em vários países, como Espanha, Panamá, dentre outros, no sentido da ausência de autorização e de que se tratava de esquema de pirâmide financeira”, informou a PF.
 

A Justiça autorizou o bloqueio de US$ 20 milhões (cerca de R$ 105 milhões) e sequestro de dinheiro em contas bancárias, imóveis de altíssimo padrão, gado, veículos, ouro, joias, artigos de luxo, mina de esmeraldas, lanchas e criptoativos. Um dos investigados é dono de uma entidade religiosa que ajudava a divulgar o esquema para os fiéis.