Jornal do Peninha

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Polícia apura suspeita de crime ambiental em fazenda de Amado Batista, em Goianápolis

Apuração começou após prisão de um vereador da cidade, que estaria usando irregularmente um trator do município para uma obra particular na propriedade.

Por Vitor Santana, G1 GO

A Polícia Civil está investigando a suspeita de crime ambiental na fazenda do cantor Amado Batista, em Goianápolis, a 47 km da capital. A apuração começou após a prisão de um vereador da cidade, que estaria usando irregularmente um trator da prefeitura para fazer uma obra particular na propriedade.

A prisão do político aconteceu na sexta-feira (9). O delegado Rodrigo Arana disse que o próprio vereador operava o trator no momento em que a polícia chegou. Segundo as investigações, não havia um documento autorizando o uso do patrimônio público na fazenda.

G1 tentou contato pelo telefone da prefeitura das 16h35 às 17h com o advogado do município, que responde pela administração municipal e pelo vereador, mas ele não foi encontrado no local. A reportagem também entrou em contato por telefone com o escritório que cuida da carreira do cantor Amado Batista, mas informaram que não vão se posicionar sobre assunto particular e não haveria uma assessoria que pudesse comentar o caso.

“O trator estava sendo usado em uma Área de Proteção Ambiental, então é necessário ter licenças ambientais para fazer qualquer empreendimento no local. E nenhuma documentação foi apresentada. Estamos fazendo uma perícia no local para confirmar se realmente há alguma autorização e se poderia ser construído algo no local”, disse o delegado.

Arana explicou ainda que, durante essa perícia feita na fazenda, os agentes também tentarão intimar o cantor para prestar depoimento na polícia e apurar mais detalhes sobre o uso do trator da prefeitura na obra.

No dia em que a polícia flagrou o uso do equipamento, a Prefeitura de Goianápolis informou que o empréstimo de máquinas está previsto em um artigo da Lei Orgânica da cidade e não caracteriza crime. No entanto, a mesma lei prevê que haja a assinatura de um termo de responsabilidade.

Porém, segundo o delegado, não foi feito esse termo. Como o próprio vereador operava o trator, ele foi preso em flagrante por peculato. Porém, ele foi solto após pagar uma fiança de R$ 10 mil. Ele também é investigado por improbidade administrativa. O cantor também pode responder pelos mesmos crimes se ficar comprovado que ele tinha conhecimento das irregularidades.