Alguns afluentes como o ribeirão Água Limpa chegaram ao ponto de receber água do Rio Araguaia ao invés de mandar
Do Mais Goiás
Ao Mais Goiás, um biólogo que não quis se identificar informou que pequenos cursos d’águas essenciais na afluência do Araguaia como os ribeirões Garrafão, Pinguela e 20 de Maio estão “completamente secos”, e que só voltam a existir em épocas de chuva. Outros maiores como o rio Vermelho e rio do Peixe estão existindo 80% abaixo do nível normal. “Nenhum rio ficava seco por completo, sempre tinha um filete correndo. Muito pouco, mas tinha. Esse ano, secou por completo”, afirma.
O biólogo atribui a causa do problema à instalação desenfreada de pivôs, que são mecanismos para puxar a água e mandá-la para plantações, por exemplo. Segundo ele, na região que compreende os municípios de Jussara, Santa Fé de Goiás, Aruanã e Britânia, o uso indiscriminado dos pivôs fez com que a maioria dos afluentes do rio Araguaia secasse ou ficasse extremamente prejudicado. O homem cita o caso verificado no ribeirão Água Limpa.
“Só em Jussara tem 119 pivôs em atividade, é um uso indiscriminado. O Ribeirão Água Limpa é um dos ribeirões que tem essas bombas. Elas secaram tanto o local que o rio que era afluente do Araguaia agora está recebendo água dele”, disse.
Polícia Civil abriu inquérito para investigar extinção de afluentes do rio Araguaia
De acordo com o titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente (Dema), Luziano Carvalho, a Polícia Civil já instaurou um inquérito para investigar as possíveis causas que levaram afluentes do Araguaia a secarem.