Moeda é negociada a R$ 4,32
O dólar vem registrando alta nas últimas semanas, motivado por acordos internacionais e o IPCA de janeiro. Na terça-feira (11/2), inclusive, bateu recorde histórico de R$ 4,34. Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e deputado federal, José Mário Schreiner avaliou que essa valorização da moeda americana “ajuda e não ajuda” o setor do agronegócio.
Para ele, é preciso haver equilíbrio no cenário econômico. “[O dólar] não pode ser nem tão alto, que muitas vezes encarece e dificulta a importação de alguns produtos que precisamos no Brasil, nem tão baixo, a ponto de prejudicar nossa competitividade”, disse. “Isso não só para o setor do agro, mas para toda a sociedade.”
Tal declaração do presidente da Faeg contrapõe a opinião do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o dólar alto “é bom para todo mundo”. Na última semana, o ministro defendeu um sistema “quatro com quatro”, ou seja, dólar na casa de R$ 4 e juro, de 4%. Nesta segunda-feira (17), a moeda americana era negociada na faixa dos R$ 4,32.
Em entrevista ao jornal A Redação, José Mário explicou que assim como os lucros, os custos do setor agropecuário são alicerçados no dólar como, por exemplo, a importação de fertilizantes e moléculas de defensivos. “Então temos um benefício [com a alta do dólar], mas, por outro lado, tem um custo de produção, que é dolarizado”, completou.