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Prisão de mulher em MG desarticula esquema de distribuição de drogas no sul de Goiás, diz polícia

Suspeita era foragida da Justiça goiana por envolvimento em homicídio. Segundo delegado, ela fugiu para cidade mineira, onde morava em um sobrado de alto padrão, e comandava tráfico em Bom Jesus e parte de Itumbiara.

A Polícia Civil de Goiás acredita ter desarticulado um esquema de distribuição de drogas em dois municípios do sul do estado, vindas de Uberlândia, em Minas Gerais. Regina Batista de Souza, de 37 anos, apontada como suspeita de liderar um grupo criminoso de tráfico de drogas, foi presa na cidade mineira, onde morava em um sobrado de “alto padrão”.

“Ela era foragida da Justiça de Goiás. Na comarca de Bom Jesus, contra ela pendia um mandado de prisão por homicídio que teve como pano de fundo a disputa por pontos de vendas de drogas em Bom Jesus”, informou o delegado Ricardo Chueire.

Ainda segundo o delegado, ao ser preso Minas Gerais a mulher ficou em silêncio e não apresentou advogado. O G1 não conseguiu saber se algum profissional já cuida da defesa dela.

De acordo com as investigações, Regina dirigiu o carro que levou os executores do crime, seu marido, atualmente preso em Planaltina de Goiás, e outro suspeito ainda foragido. A vítima teria sido morta por engano, uma vez que se parecia fisicamente com o verdadeiro alvo, seu primo.

Chueire contou que com a prisão do marido dela, Regina passou a dominar o tráfico em Bom Jesus de Goiás e em parte de Itumbiara.

“Posteriormente ao mandado de prisão por homicídio ter sido expedido, em 2018, ela fugiu do estado de Goiás e a polícia continuou investigando e constatou que ela continuou traficando de Minas Gerais, mandando cocaína e outras drogas para serem revendidas em Itumbiara e Bom Jesus”, comentou Chueire.

Regina Batista de Souza foi presa em Uberlândia e era considerada foragida da Justiça de Goiás desde 2018 — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Regina Batista de Souza foi presa em Uberlândia e era considerada foragida da Justiça de Goiás desde 2018 — Foto: Polícia Civil/Divulgação

A prisão

Regina Batista de Souza foi capturada na sexta-feira (27) em ação das polícias de Goiás e Minas, quando chegava a uma clínica médica em Uberlândia e apresentou documento falso à polícia.

“Na cidade mineira, ela tinha uma vida paralela, acima de qualquer suspeita e de lá ela continuava comandando o tráfico”, afirmou o delegado.

Para o delegado o poder do esquema liderado pela suspeita ficou comprovado pela quantidade de drogas e outros materiais encontrado nos endereços em que vivia, na cidade mineira.

No sobrado de alto padrão, segundo a polícia, foram apreendidos veículos, materiais para a preparação de drogas, documentos, R$ 37 mil e uma pistola Glock 9mm adaptada com kit rajada e carregador alongado.

Já em uma chácara, que teria sido alugada pela mulher, foram encontrados um depósito e laboratório das drogas que eram, remetidas para serem vendidas em Goiás.

Também foram apreendidas barras de maconha, crack e outros matérias para preparo e venda de drogas.

Foram apreendidos diversos materiais em endereços da suspeita em Uberlândia — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Foram apreendidos diversos materiais em endereços da suspeita em Uberlândia — Foto: Polícia Civil/Divulgação

O delegado informou ainda que na chácara foram achados escondidos em um piso falso maçaricos comumente usados em ataques a agências bancárias e caixas eletrônicos, além de placas de veículos de Bom Jesus e Palmeiras de Goiás.

“Ela foi presa por força por conta do mandado e também em flagrante por tráfico de drogas, posse irregular de arma de fogo de uso restrito e uso de documento falso, uma vez que apresentou CNH falsa no momento da abordagem”, informou Chueire.

De acordo com o delegado, por conta da prisão em flagrante, ela permanece no sistema prisional de Minas Gerais. Agora caberá à Justiça goiana e mineira definirem o destino de Regina

“Com a prisão dela, esperamos chegar a outros suspeitos que também recebiam estas drogas aqui no estado. Mas hoje a cabeça dessa cadeia de distribuição está presa”, relatou Chueire.