Jornal do Peninha

Opinião e informação

Procurador do estado é nomeado reitor da UEG e diretora da UEG Morrinhos diz que gostou

Sobre o prazo de atuação, o governo não forneceu mais detalhes. E disse que Rafael será reitor “pelo período necessário à restituição da instituição a uma condição de normalidade”

 

procurador do Estado de Goiás, Rafael Gonçalves Santana Borges, foi nomeado reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG). A decisão foi anunciada pelo governador do estado, Ronaldo Caiado (DEM), na manhã desta sexta-feira (20), em entrevista às rádios Brasil Central e RBC FM, depois que o reitor interino, professor Ivano Devilla, renunciou ao cargo.

Em março deste ano, o professor Haroldo Reimer pediu afastamento e quem assumiu temporariamente a gestão da universidade foi Devilla. O motivo são investigações sobre possíveis irregularidades em contratos de funcionários por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). À época, ele afirmou que o afastamento tinha como objetivo focar na defesa nas investigações.

Ele ainda enfatizou que a decisão também tinha como objetivo manter a autonomia da instituição. Isso porque, diante das supostas irregularidades, haveria brecha para intervenção do governo com uma nomeação para assumir a reitoria. Em linha sucessória, depois de Devila, o cargo seria da pró-reitora de graduação Maria Olinda Barreto. Mas ela renunciou para a conclusão de um doutorado.

Sobre o prazo de atuação, o governo não forneceu mais detalhes. E disse que Rafael será reitor “pelo período necessário à restituição da instituição a uma condição de normalidade”. E que “assim que possível” serão realizadas eleições para a reitoria da instituição.

O texto ainda garante a realização do vestibular para 2020, que deve acontecer esse ano. E diz que aos estudantes estão assegurados o direito à formatura e à continuidade da vida escolar.  O governador ainda disse, durante a entrevista, que a instituição vai ter orçamento de R$ 70 milhões no próximo ano.

No último dia 10, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou, em primeira votação, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 990/19, conhecida como a PEC da Educação. O projeto afetou a universidade porque continha uma emenda sobre o orçamento. A proposta é que verba destinada à instituição passe a ser responsabilidade do orçamento destinado à educação. E não mais os 2% da arrecadação líquida do Estado, como era antes.

Durante a tramitação do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Bruno Peixoto, líder do governo na Casa, apresentou a emenda sobre a UEG, que foi considerada um “jabuti” pela oposição. O termo é utilizado quando um artigo ou emenda é adicionado a um projeto com tema diferente.

Falamos no começo da noite desta sexta-feira 20/09 com a professora Marcília Romano, diretora da unidade morrinhense da UEG, e de uma forma geral ela disse que a decisão governamental a agradou.

Marcília Romano, diretora da UEG Morrinhos. “Esperançosa”

Ontem (19) nós fomos surpreendidos pela renúncia do professor Ivano, que estava respondendo interinamente pela reitoria. Nosso grande problema era a falta de um canal de diálogo com o governador para que pudéssemos ter soluções mais imediatas dos problemas que estão se avolumando na Universidade. Acredito que com a indicação de um reitor interino para fazermos a eleição na UEG, o caminho foi aberto e a expectativa é melhor possível, pois teremos a oportunidades de conversar com o governo e organizarmos a nossa vida acadêmica. Hoje, por exemplo já estivemos em Anápolis, numa reunião e conseguimos junto à Reitoria, a volta do curso de Letras e a continuação do curso de Ciências Contábeis, que são duas aspirações que nós temos e que agora se concretizam depois de muito trabalho e esforço. Ainda é muito pouco, mas a esperança é de que o governador atenda o apelo tão importante para todos nós. Então nós temos a tranquilidade de dizer que apesar de ser a terceira vez que a UEG passa por isso, tenho certeza que o governador nomeou alguém com possibilidade de ajudar a Universidade a superar esse momento de crise e  continuar crescendo e atendendo bem o povo goiano”. Palavras de Marcília, já cansada pelo dia de trabalho.