Ela também participou da pesquisa que estima que o pico da doença em Goiás seja em julho.
G1-Goiás
A médica epidemiologista Cristiana Toscano foi a única brasileira convidada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a participar dos estudos de vacinas contra a Covid-19 na América do Sul. Ela também é professora e pesquisadora da Universidade Federal de Goiás (UFG) e participou da pesquisa que estima que o pico do coronavírus em Goiás seja em julho.
“Eu estou muito feliz pela indicação, muito grata de poder representar o Brasil, o nosso estado e a nossa instituição, e estamos muito otimistas quanto aos próximos passos para avaliar as vacinas, os possíveis cenários de vacinas no futuro, em médio e longo prazo, e a disponibilização dessas vacinas para o enfrentamento e a prevenção da Covid-19 no mundo”, disse.
Cristiana, que atua na área de imunizações há 20 anos, foi indicada para compor o Grupo Estratégico Internacional de Experts em Vacinas e Vacinação da OMS, que deve ser formado por cerca de 15 especialistas de todo o mundo.
“Esse comitê, é um comitê internacional, que tem essa função de avaliar todos os estudos, do mundo inteiro, avaliar os resultados, a segurança, os andamentos desses estudos, e tentar, com base nisso, nessas evidencias, estruturar recomendações em relação a possibilidade da introdução segura e efetiva de uma vacina”, explicou.
Segundo a médica, a comissão vai se reunir a cada 15 dias, por meio virtual, a partir da próxima sexta-feira (5). Nas reuniões, o grupo vai revisar todos os estudos de vacinas contra a Covid-19 já em andamento, para orientar e ditar estratégias sobre os usos das vacinas, que estão em fase de pré e pós-licenciamento.
“Esse comitê, inicialmente, tem uma duração prevista de dois anos, então, nesse primeiro tempo, teremos reuniões virtuais e, no futuro, reuniões presenciais, quando pudermos nos encontrar, em Genebra”, contou.
Cristiana revela que ainda é cedo para saber quando teremos uma vacina capaz de deter o coronavírus, apesar de já existirem inúmeras doses em desenvolvimento.
Pesquisa da UFG
Desde 2010, Cristina compõe o quadro de professores e pesquisadores da UFG e atua como chefe do Departamento de Saúde Coletiva da universidade. Neste ano, a professora atuou como uma das pesquisadoras do estudo que estima que o pico do coronavírus em Goiás seja em julho.
O estudo foi divulgado na última quarta-feira (26), após Goiás ultrapassar a marca de 100 mortes pela doença.
Segundo a pesquisa, em julho, o número de mortos no estado pode chegar a 6 mil, se o índice de isolamento social continuar baixo, em torno de 30%.