Primeiro suspeito foi descartado
Ludymila Siqueira
A Polícia Civil de Goiás concluiu as investigações em relação ao caso da adolescente Amélia Vitória, de 14 anos, que desapareceu na quinta-feira (30/11) ao sair para buscar a irmã em uma escola no Parque Hayala, em Aparecida de Goiânia. As investigações apontaram para violência sexual e morte por asfixia. Segundo a polícia, o autor do crime, identificado como Janildo da Silva Magalhães, de 38 anos, foi preso na segunda-feira (4/12). O homem responde por outro crime de estupro, cometido em 2017, no município de Rio Verde, além de tráfico de drogas, furto e homicídio, este último praticado dentro do sistema penitenciário. Com isso, o primeiro homem apontado como suspeito do crime foi solto.
A polícia chegou ao real autor do crime após resultados de laudos de material genético realizado pela Polícia Técnico Científica. O exame de DNA identificou material genético de Janildo da Silva no corpo da adolescente.
De acordo com o delegado do Grupo de Investigação de Homicídios de Aparecida de Goiânia (GIH), Eduardo Rodovalho, o homem utilizou uma bicicleta para raptar a vítima, além disso, há a suspeita que ele tenha ameaçado e intimidado Amélia com o uso de uma faca.
Ainda conforme o delegado, Janildo da Silva levou a adolescente para uma região de mata, onde teria praticado o crime de violência sexual atrás de um imóvel.
Em seguida, o autor do crime levou Amélia para uma outra casa, local onde passou a noite e cometeu crimes sexuais contra a jovem. No imóvel, a polícia identificou sangue em um colchão. A vítima foi morta por asfixia.
No sábado (2/12), o homem arrastou o corpo de Amélia por aproximadamente 20 metros da casa onde a violência sexual e o homicídio foram praticados. A polícia suspeita que o autor utilizava o imóvel, aparentemente abandonado, para guardar objetos furtados e drogas.
“O autor do crime, residente no bairro Independência Mansões, teria saído na quinta-feira para praticar crimes de furto e roubo na região. Ao avistar a vítima, a raptou e cometeu o crime de estupro e homicídio”, explica o delegado.
Família desconfiou do crime
Segundo a polícia, com a repercussão do desaparecimento da adolescente, a mãe e irmã começaram a desconfiar do comportamento suspeito de Janildo.
De acordo com o delegado Eduardo Rodovalho, Janildo saiu da casa, onde mora com a mãe e a irmã no bairro Independência Mansões, na quinta-feira (30) à tarde e retornou somente na sexta-feira (1º/12) pela manhã. Ao retornar para a residência, o homem pintou a bicicleta e tentou queimar uma camiseta, possivelmente utilizada para cometer os crimes contra Amélia.
No sábado, o autor do crime saiu novamente de casa, momento em que foi até o local do crime e arrastou o corpo de Amélia para o local onde foi encontrado.