Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro confirmou manutenção da prisão pela Justiça. Roberto Jefferson é ex-deputado federal
A informação foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), do Governo do Rio de Janeiro.
Jefferson estava no presídio de Benfica, na zona norte da capital fluminense. Ele se entregou à Polícia Federal, por volta de 01h10 da manhã desta segunda-feira.
A decisão aconteceu horas depois de ter resistido a uma tentativa de prisão quando policiais federais estiveram em sua casa, usando arma de fogo e explosivos contra os agentes.
Além da prisão determinada por medida do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda na manhã do domingo (23), o ex-parlamentar também teve uma nova prisão em flagrante determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, por suspeita de tentativa de homicídio dos dois policiais federais como reação à ordem de prisão anterior.
Entenda detalhes da decisão de Moraes sobre a prisão
Roberto Jefferson estava em prisão domiciliar desde janeiro deste ano, por decisão do próprio Alexandre de Moraes. Atendendo a um pedido da defesa, o ministro estipulou algumas medidas cautelares que deviam ser cumpridas, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica e proibição do uso de redes sociais. Essas medidas, segundo Moraes, vinham sendo seguidamente descumpridas.
“Agora, em 21/10/2022, Roberto Jefferson incorreu em novo descumprimento das medidas cautelares impostas por decisão deste Supremo Tribunal Federal nos autos da petição 9.844, com publicação de vídeo contendo ofensas e agressões abjetas em face da ministra Cármen Lúcia, de teor, machista, misógino e criminoso”, afirmou Moraes.
No vídeo citado pelo ministro, Jefferson diz que Cármen Lúcia parece “aquelas prostitutas, aquelas vagabundas arrombadas”. O ataque machista e misógino foi reprovado por diversas autoridades.
Apesar dos ataques contra Cármem Lúcia terem sido determinantes para a ordem de restabelecer a prisão preventiva, Moraes ressalta que medidas estabelecidas para a prisão domiciliar vinham sendo reiteradamente descumpridas – como o contato com integrantes do PTB, entrevistas e a disseminação de notícias fraudulentas.
Ele lembra que, em janeiro – na ocasião do relaxamento da prisão – “o investigado foi advertido de que qualquer novo descumprimento injustificado de quaisquer das medidas cautelares impostas ensejaria, imediatamente, o restabelecimento da prisão preventiva”.
(*Com informações de Léo Lopes, Thayana Araújo, Gabriel Hirabahasi, Daniela Lima, Giulia Alecrim, Carolina Figueiredo, da CNN)