Em sessão Câmara de Goiânia, Clécio Alves (MDB) disse que é admirador do atual ministro da Justiça. Apenas dois parlamentares votaram contra.
Por 25 votos a 2, a Câmara Municipal de Goiânia aprovou a concessão de título de cidadão goianiense ao ex-juiz e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. O autor da proposta, vereador Clécio Alves (MDB), comparou Moro a Jesus Cristo.
A sessão ocorreu na terça-feira (27). Em texto elaborado pela assessoria do parlamentar e publicado no site da Câmara, constam trechos do discurso de Alves, no qual ele afirma que algumas pessoas querem colocar Moro “para ser crucificado”.
“É lamentável o que querem fazer com o Sergio Moro. Comparo ao mesmo que fizeram com o filho de Deus, Jesus Cristo. Tem muita gente que quer colocar o Moro para ser crucificado e os bandidos na liberdade. Mas hoje essa Câmara mostrou que não é assim não”, afirmou.
Ainda conforme o texto, o vereador não poupou elogios ao ex-magistrado, do qual se diz admirador. Ele disse ainda que Moro enfrentou os maiores e mais fortes poderosos do Brasil.
Clécio Alves propôs projeto para dar títutlo de cidadão goianiense a Moro e o comparou a Jesus Cristo — Foto: Francisco Carvalho/Câmara de Goiânia
“Tenho orgulho grande em meu coração, desde o primeiro momento, em que passei a acompanhar o trabalho do ex-juiz e hoje ministro da Justiça, Sergio Moro, enfrentando os maiores e mais fortes poderosos do Brasil. Forças políticas, empresariais, pessoas que vinham ao longo dos anos roubando o nosso País. Indivíduos que vinham pegando o dinheiro brasileiro, tomando posse de forma desonesta, corrupta e irresponsável”, menciona.
Por fim, o político declarou que o ministro da Justiça, enquanto juiz, investigou pessoas de “todas as legendas partidárias” e que a cessão do título atende a um anseio da população.
“É um desejo da maioria do povo de nosso País. A aprovação desta Casa de Leis somente comprovam o quanto as pessoas o admiram, o respeitam e têm orgulho de ter um brasileiro como o Moro”, pontua.
No momento da votação, havia 27 vereadores presentes, dos quais somente Tatiana Lemos (PCdoB) e Paulo Magalhães (PSD) se posicionaram contra a proposta.