Líder do PSD cobra aparição do vice emedebista
Fonte: AR
O presidente metropolitano do PSD, Simeyzon Silveira, classificou, nesta terça-feira (24/11), o segundo turno da disputa pela Prefeitura de Goiânia, entre Maguito Vilela (MDB) e Vanderlan Cardoso (PSD), como uma “eleição de picuinhas”. “Nos dê um adversário real. Nosso oponente atual é um fantasma”, disse o pessedista em entrevista exclusiva ao jornal A Redação.
“É muito difícil se fazer uma estratégia em um cenário com um adversário virtual. Não tivemos condição de fazer um debate para a população conhecer e avaliar o candidato opositor”, especificou. Simeyzon Silveira se referiu à internação, após contrair covid-19, de Maguito Vilela. Diagnosticado com a doença no dia 20 de outubro, o emedebista está na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 27 de outubro, pouco mais de duas semanas antes do primeiro turno das eleições.
O líder pessedista também citou suposta tentativa da chapa emedebista de “esconder” o postulante a vice Rogério Cruz (Republicanos) “como se ele não existisse”. O líder metropolitano chamou atenção para um “desvio”, pela parte da chapa adversária, dos discursos propositivos e apontou, durante a conversa, “tentativas” do MDB de utilizar a comoção criada acerca da saúde de Maguito Vilela para sair em vantagem nas eleições. “O processo foi extremamente favorável a eles [MDB]”, avaliou.

Presidente metropolitano do PSD, Simeyzon Silveira / (Foto: Esther Teles/A Redação)
O presidente explicou que, como o PSD preferiu não expor situações pessoais do candidato emedebista por respeito à sua saúde, a campanha do MDB se aproveita da situação para “atacar” Vanderlan Cardoso com “fake news” e “afirmações grosseiras e criminosas”. “A eleição ficou extremamente pequena para o tamanho de Goiânia. Não se discute gestão, não se discute a cidade”, frisou Simeyzon.
“Forçação de barra”
O líder metropolitano do PSD rotulou como “forçação de barra” a suposta tentativa do MDB de ligar o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, à campanha de Maguito Vilela, quando o atual gestor da capital chamou o prefeitável emedebista de “nosso candidato”. “O Iris já havia declarado que não iria entrar nesta eleição”, afirmou Simeyzon ao avaliar como “natural” a fala do prefeito.
O presidente pessedista ainda apontou que o MDB estaria tentando “mascarar” as suas verdadeiras alianças na capital. “Eles [MDB] escondem tudo o que têm. O que eles têm? O apoio do PT, apoio do PCdoB, apoio do PSOL e apoio do Marconi [Perillo] do PSDB”, disse. “Eles [MDB] escondem alianças que têm, para mostrar aquelas que não têm”, completou enquanto se referia às supostas tentativas de ligar Iris Rezende à chapa emedebista.
Reflexão do eleitor e a esperança de vitória
Silveira, ao longo da conversa, se mostrou esperançoso de que o eleitor goianiense possa refletir sobre sua escolha na votação deste domingo (29). Para ele, as pesquisas mostram o MDB à frente justamente pela comoção ao redor da saúde de Maguito Vilela. “O brasileiro é muito sentimental e toda família, hoje, passou por situação parecida, com alguém infectado pela doença”, disse. Para Simeyzon, a infecção por covid-19 de Maguito Vilela gerou uma “cortina de fumaça” no processo eleitoral.
Apesar de considerar o cenário “todo favorável ao MDB” e a disputa “desigual” pelo que se apresentou, Simeyzon afirmou caber ao eleitor “entender o processo e fazer seu julgamento” antes de votar. “Hoje, não temos uma justiça eleitoral. Que estratégia se utiliza contra um fantasma?”, questionou