Técnico escala jogador do City ao lado de Casemiro na atividade desta quinta. Na coletiva, treinador disse que iria esconder substituto do jogador do Barcelona
Por Alexandre Lozetti, Leandro Canônico, Marcelo Braga e Raphael Zarko — São Paulo
Antes do treino de reconhecimento no estádio do Morumbi, nesta quinta-feira, o técnico Tite, da seleção brasileira, deu a última entrevista antes da estreia de sexta na Copa América, contra a Bolívia, às 21h30.
Nela, o treinador evitou falar da escalação para o jogo, mas confirmou que o volante Arthur, que está em recuperação de uma pancada no joelho direito, não vai começar a partida.
– O fato de vir aqui antes do treino me dá um álibi para esconder. Mas o Arthur não vai iniciar, porque ele não tem nenhum treino mais forte e não vou a ter a irresponsabilidade de colocá-lo – adiantou o técnico da seleção brasileira.
As opções de Tite para o lugar de Arthur, que fazia dupla com Casemiro, são Allan e Fernandinho. Nos poucos minutos de treino aberto no Morumbi foi possível ver que o treinador iniciou o treino tático com Fernandinho na vaga de Arthur.
Se confirmar, o volante do City, o Brasil vai a campo com Alisson, Daniel Alves (C), Thiago Silva, Marquinhos, Filipe Luís; Casemiro, Fernandinho, Coutinho; Richarlison, David Neres e Firmino.
Tite distribui coletes para os reservas. Primeiro, deu colete para Fernandinho, mas depois colocou o jogador do City ao lado de Casemiro. Foi o que deu para ver nos acréscimos dos 15 min de treino aberto à imprensa #trbrasil
Antes da atividade, aliás, o médico Rodrigo Lasmar, da CBF, falou sobre Arthur. O jogador participou normalmente do aquecimento com o grupo e afastou risco de corte.
– O Arthur ontem iniciou trabalho físico, respondeu muito bem, se sentiu muito seguro. Hoje treinará junto com o grupo, vamos aguardar como vai ser a resposta dele em campo. A partir disso passaremos uma posição ao treinador com relação ao aproveitamento no jogo de amanhã – disse.
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Tite durante coletiva no estádio do Morumbi — Foto: Marcos Ribolli/GloboEsporte.com
Na entrevista desta sexta-feira, no Morumbi, Tite ainda falou sobre a pressão de disputar a Copa América em casa, voltou a ser questionado sobre Neymar e respondeu também sobre Messi.
Tops da entrevista
Pressão em casa
– Historicamente, sim. Não dá para fugir. Temos a consciência de que temos que construir etapas para o título. Em cima de erros e acertos. Inevitável. Somos um dos favoritos. Não somos os únicos. Temos que ter responsabilidade com alegria. Tem que ter pressão e prazer.
– O Casemiro falou algo importante. Temos que transmitir ao torcedor essa vibração, tem que ser algo de dentro. Depois pode virar carinho do torcedor. Mas tem que partir de dentro.
À la Libertadores
– É difícil… São adversários com uma característica diferente, uma competição curta. Tem um componente emocional e margem de erro pequena. Diferente de Eliminatórias. Mais parecida com a Libertadores. Mas uma coisa é certa, para ganhar tem que jogar bola. Não é de catimba, de querer ser mais macho do que ninguém. Que tenhamos a grandeza que o futebol é parte da sociedade
Messi
– Não posso dizer o que o Messi disse. A meu respeito, Brasil, Argentina, Uruguai, Colômbia…. sempre levam favoritismo. Fora outras, como a Venezuela, que vencer a Argentina não foi surpresa. Está muito tempo junta. Bolívia se reformatando… Peru. Mas as quatro equipes trazem isso.
Neymar
– Torço para que ele tenha saúde, luz, se recupere e as coisas sejam esclarecidas. Em uma mensagem ontem, sei que está se recuperando. Estamos na torcida. Vou repetir: aqui se fala mais de Neymar do que lá dentro. Falamos de preparação como um todo.
– Não gostaria nunca de não ter Neymar, um top 3 do mundo. Mas também sei que essas oportunidade são importantes. Elas surgem na vida. Preparem -se para elas.