O juiz de direito Adenito Francisco Mariano Júnior, titular da Comarca de Silvânia, e dois assessores foram afastados do cargo pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) após operação, deflagrada nesta terça-feira (13/8), que investiga a suspeita de venda de sentenças. Advogados e um contador também são investigados. A operação teve auxílio da Polícia Civil do Estado de Goiás e da Procuradoria Geral de Justiça.
Em nota, o TJGO afirmou que a operação teve início após o recebimento de denúncias. “Trata-se de uma investigação iniciada com base em apurações realizadas pela Corregedoria-Geral da Justiça, contando com a parceria do Núcleo de Inteligência do TJGO, que resultou em uma operação de busca e apreensão e outras medidas cautelares”.
“Por meio de decisão judicial proferida pela desembargadora Nelma Branco Ferreira Perilo, que atua como relatora do procedimento no Órgão Especial, foi determinado o afastamento do magistrado do exercício do cargo, bem como de dois de seus assessores na Comarca de Silvânia. Além disso, foi determinado o uso de tornozeleira eletrônica e foram realizadas buscas e apreensões no gabinete do juiz, em residências e escritórios, além da decretação de indisponibilidade de bens.”, acrescenta o comunicado.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) disse em nota “que foi comunicada e acompanhou, na manhã de hoje, 13 de agosto de 2024, a Operação ‘Dura Lex, Sed Lex’, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de Goiás e pela Polícia Civil. O acompanhamento da Ordem se dá para garantir os direitos, prerrogativas e o respeito ao contraditório e à presunção de inocência dos advogados envolvidos”.
Para que a Comarca de Silvânia não tenha prejuízo nos serviços judiciários, o juiz Fábio Borsato, da Comarca de Goiânia, foi designado para responder as demandas da localidade.
O jornal
A Redação não localizou a defesa de Adenito Francisco Mariano Júnior.
Confira a nota da OAB-GO na íntegra:
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) informa que foi comunicada e acompanhou, na manhã de hoje, 13 de agosto de 2024, a Operação “Dura Lex, Sed Lex,” conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de Goiás e pela Polícia Civil. O acompanhamento da Ordem se dá para garantir os direitos, prerrogativas e o respeito ao contraditório e à presunção de inocência dos advogados envolvidos.
Em situações como essa, é praxe que a OAB-GO acompanhe toda a investigação para, em seguida, tomar as providências necessárias na esfera ética, caso se comprove eventual infringência dos deveres funcionais dos inscritos.
Confira a nota do TJGO na íntegra:
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, observando o princípio da transparência e para evitar eventuais equívocos na divulgação de informação, esclarece sobre a operação ocorrida na manhã desta terça-feira(13/8).