Advogado alegou problemas de saúde de Assis Peixoto. Câmara decidiu, por unanimidade, não afastá-lo após defesa apresentar laudo médico de 2017; vice assumiu prefeitura.
Por Guilherme Rodrigues, G1 GO
Por unanimidade, a Câmara Municipal negou, nesta terça-feira (10), o pedido de afastamento feito pela defesa do prefeito de São Simão, Francisco de Assis Peixoto (PSDB), que foi preso por suspeita de crimes sexuais. O presidente da casa, Lucas Barbosa, informou que o advogado do político alegou que ele estava com problemas de saúde, mas apresentou um laudo médico antigo, de 2017.
Em nota, o advogado do prefeito, Edmundo Dias informou que solicitou um prazo de cinco dias para anexar um relatório médico atual comprovando que ele tem hipertensão e histórico de aneurisma. A defesa disse ainda que o pedido de licença se deu também como ato de “boa fé do prefeito para demonstrar isenção em face das inverídicas acusações de que estaria se utilizando do cargo”.
O prefeito foi preso no dia 28 de julho em Goiânia. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) informou que sete pessoas já denunciaram o político ao órgão. O processo está sendo finalizado e a denúncia contra o político deve ser oferecida à Justiça até a próxima sexta-feira (13). O político está detido no presídio de Aparecida de Goiânia.
Print de chamada de vídeo gravada pelo adolescente em que aparece o prefeito Assis Peixoto, de São Simão, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Na tarde desta terça-feira, o vice-prefeito Fábio Capanema tomou posse na prefeitura interinamente. De acordo com presidente da Câmara, a posse é um procedimento legal, já que Assis Peixoto está detido e fora dos trabalhos como chefe do Poder Executivo. A defesa do prefeito julgou a posse como “ato normal e natural”